segunda-feira, 5 de setembro de 2011
ESTAMOS FORMANDO UM NOVO ABCD
Tive acesso a uma relação de empresas estabelecidas em Extrema no setor de industrialização.
Vocês podem não acreditar, mas estas empresas oferecem empregos a 8.600 pessoas em números redondos. Logo teremos a Panasonic e a Dalka funcionando e aí teremos mais de 1.500 empregos Aí comecei a pensar em outras empresas satélites, que prestam serviços a estas empresas, tais como; transporte de funcionários, manutenções, alimentação e muitas outras. Estas poderiam representar, estimo, uns 400 empregos.
Depois passei a considerar nosso comércio, onde acredito que temos mais de 1.500 pessoas trabalhando. Aqui incluo os 5 bancos, que juntos devem representar uns 300 empregos, A isto acrescento o funcionalismo público, com 1.300 pessoas. Já passo de 13.500 pessoas trabalhando em Extrema.
O último Censo indicava uma população de cerca de 28.500 pessoas. Impossível, portanto, que metade de nossa população esteja trabalhando aqui na cidade. Qual seria nossa população de idosos aposentados, crianças, adolescentes, mães que não podem trabalhar ? Fica fácil entender que o nº de trabalhadores ultrapassa nossa população realmente extremense e ativa. Fica claro que temos muitas pessoas de outras cidades trabalhando em nossa cidade. Isto é ruim ou é bom ?
Se tivemos uma visão um pouco mais macro, veremos ações econômicas, sociais e políticas. Entenderemos que Extrema está exportando salários e importando mão-de-obra. Estas pessoas de outras cidades trabalham aqui, ajudam a produzir produtos, que gerarão impostos para a cidade e que também mantém os empregos dos que aqui vivem. Assim, Extrema está também distribuindo para as cidades vizinhas parte de sua riqueza, socializando seu desenvolvimento e viabilizando o crescimento e desenvolvimento destas cidades irmãs.
Aqueles trabalhadores que moram em outras cidades são, na verdade, muito úteis para Extrema, pois geram riquezas ( impostos), gastam parte de seu salário em nosso comércio e utilizam a estrutura de sua cidade no que se refere à Saúde, Educação, Esportes, etc., aliviando nossa cidade destes encargos e ainda da necessidade habitacional.
Alguém poderá dizer que estou querendo dizer que as cidades vizinhas seriam cidades-dormitórios. Nada disto. O que acontece é que Extrema teve um desenvolvimento muito rápido. As exigências de mão-de-obra ultrapassaram suas disponibilidades. As exigências por moradias foram além do que existia no momento, fato que alterou a Lei da Oferta e da Procura. Mais procura e menos imóveis para alugar provocam elevação dos aluguéis. É natural que as pessoas procurem outras cidades mais baratas.
Tudo isto é normal e faz parte do desenvolvimento de uma cidade ou de uma região. Um exemplo é o Grande ABCD, no Estado de São Paulo. Milhares de pessoas moram em São Paulo, nos mais distantes bairros, e trabalham nas Indústrias do ABCD. Se todos que lá trabalham precisassem, ou quisessem, morar exclusivamente na cidade onde trabalha os preços dos aluguéis, já caros, iriam a estratosfera. No começo foi São Bernardo do Campo, que exportou seu crescimento para São Caetano e Santo André. Nos últimos anos também para Diadema.
Cidades vizinhas de Extrema também estão recebendo indústrias. Não demora e teremos aqui, no extremo sul de Minas, aquilo que poderemos chamar de Grande Complexo Industrial Sul Mineiro,formado por Extrema, Camanducaia, Itapeva, Toledo, Estiva. Bragança, com suas Indústrias e com muitos trabalhando em Extrema e a pequena Vargem, escolhida por muitos para morarem, até podem ser incluídas neste complexo.
Esta é a visão. Em menos de 10 anos Extrema mudou toda uma região e ainda provoca mudanças, pois o interesse de empresas é uma constante e parece que ainda vai durar muito tempo. Não podemos fugir desta realidade e também da responsabilidade que ela traz. Hoje Extrema é um exemplo a ser seguido. Tudo que fizer, tem que ser cada vez melhor.
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