segunda-feira, 19 de abril de 2010

10 anos de carreira profissional?

A coisa tá preta. Com 25 anos você é inexperiente. Com 36 anos, você é “velho”. A exclusão profissional caracteriza-se, geralmente , pela falta de oportunidades
a jovens recém-formados ou mesmo àqueles que, tendo atingido a idade ideal para começar a trabalhar, esbarram em exigências do tipo experiência anterior.

Em artigo anterior comentei estes fatos em relação aos jovens de nossa cidade, que
recebem seu tão sonhado diploma na esperança de em seguida começar a trabalhar na profissão que escolheu. Mas a coisa acaba ficando só no sonho porque ele logo descobre que não será fácil encontrar um trabalho, pelo menos um trabalho que esteja na área em que se formou e onde possa receber um salário pelo menos digno, que justifique os investimentos feitos em sua formação.

Claro, que estou me referindo ao salário de estagiário, período em que o jovem vai se desenvolver profissionalmente e mostrar à empresa que o contratou se ele realmente tem condições de vir a ser um bom profissional.

Mas agora, infelizmente, o problema não está afeto somente aos jovens. Agora, em nossa cidade, algumas empresas já mostram também restrições a profissionais acima de 35 anos. Isto mesmo ! Quando o profissional atinge a idade ideal, em termos da tal experiência, podendo inclusive passar esta experiência para os mais jovens, quando pode ser um funcionário mais estável, fiel à empresa, mais equilibrado e produtivo eis que passa a ser um “velho”. Se já tiver 40 anos é considerado descartável, profissionalmente falando. O que dizer então de quem já passou dos 60 anos ?

Mas se olharmos para as grandes empresas, veremos que seus diretores e presidentes são pessoas com mais de 50 anos. Ali vale a experiência? Os melhores políticos são aqueles que já passaram dos 50 anos, porque são experientes. Grandes mestres de universidades, idem.

Na atual realidade, um jovem termina seus estudos com 25 anos, em média. Não conseguindo emprego, dedica-se a cursos complementares, de formação ou pós-graduação. De repente, está perto de 30 anos e conseguindo seu primeiro emprego.

E as empresas só querem contratar gente experiente, mas com no máximo 35 anos.
Qual seria a experiência de uma pessoa que, na melhor das hipóteses, está na profissão há apenas 10 anos ?

Não seria a hora de estas empresas reverem seus critérios ? Os jovens e os “velhos” agradeceriam

quarta-feira, 14 de abril de 2010

O primeiro emprego.

Não há nada mais frustrante e desesperador para um jovem do que terminar um curso superior, receber seu tão esperado diploma para em seguida não conseguir emprego, e isto está acontecendo com muitos de nossos jovens aqui em Extrema. E o pior, ele vê crescer o número de novas empresas que se instalam na cidade e o número de vagas profissionais.

E o jovem se pergunta: Porquê não me contratam? Afinal, sou formado, tenho diploma, estou na idade ideal para compor a força de trabalho. No desespero, buscam cursos complementares, pós-gradução, etc. e de repente sem vêem perto dos 30 anos sem uma definição profissional.

Duas coisas precisam ser analisadas, a princípio: De um lado as precárias escolas onde estudaram e a qualidade de seu aprendizado. Do outro lado, a resistência das empresas na contratação de jovens sem experiência e com formação deficiente.

Pesquisas mostraram que 45% dos desempregados são jovens na faixa etária de 15 a 24 anos. É realmente preocupante, pois serão estes jovens que irão “tocar” o país. As próximas eleições irão demonstrar a força da juventude. Analista até fazem alguma ligação entre este problema, a falta de emprego, com o aumento do uso de drogas e bebidas pelos jovens.

Pode ser até justificável, pelo lado das empresas, a busca por profissionais já formados, experientes, pois a empresa é investimento e investimento tem o lucro como objetivo. Mas temos que convir: Como pode o jovem ter experiência se nunca trabalhou ? Temos aí dois pontos importantes a serem trabalhados, seja pelos políticos ou pelas lideranças dos trabalhadores.

- A Legislação Trabalhista que impõem ao empregador um custo de 102 % sobre o
Salário pago a qualquer trabalhador com carteira assinada.

- A falta de incentivo do Estado às empresas para que invistam na formação profissional

Assim, enquanto houver maior oferta de profissionais formados do que vagas, a situação não se altera e a inexperiência vai se perpetuando. Forma-se um círculo vicioso. Mas como pode ? Dizem que Extrema está em pleno círculo virtuoso com suas novas indústrias, que na cidade não faltam empregos. E é fato. As vagas que sobram são para mão de obra não qualificada. Aquelas mais específicas, com maiores salários, precisam ser preenchidas já e por profissionais experientes, pois a fábrica precisa produzir. Então, importa profissionais.

O jovem fica indignado. Seus pais, desanimados, Afinal, investiram suas economias na sua formação e agora ele não consegue um emprego. O que fazer para sairmos desta armadilha ?

Aí é que entram os políticos, que devem propor alterações na legislação trabalhista que possam incentivar as empresas à contratação destes jovens recém formados. Por exemplo, reduzindo em 50 % todos os chamados custos trabalhistas.

E as lideranças trabalhistas de nossa cidade poderiam negociar com as empresas um Contrato de Trabalho diferenciado. Alguma coisa como um Contrato de Formação Profissional, com validade para, digamos, 12 meses. Nossos vereadores poderiam fazer um projeto e enviar ao Ministério do Trabalho.

Claro que enquanto não ocorre uma mudança nas Leis, as empresas também se sentem de mãos atadas e aí é que pode entrar nossa prefeitura, concedendo alguma isenção de impostos por tempo determinado, de acordo com o número de contratações. Poderiam criar uma cota anual, período em que o contratado passaria pela fase experimental e de aprendizado. Se aprovado, seria efetivado, abrindo espaço para um novo aprendiz .
Nosso Bolsa Estudantil é um sucesso. Porque não pensarmos em um novo programa ? Um Bolsa Formação Profissional ?

Assim, a empresa estaria nos limites da legislação trabalhista atual e existente, teria uma redução indireta nos custos da contratação e a prefeitura estaria ajudando a manter na cidade nossos jovens e a renda obtida pelos mesmos, pois no momento nossa cidade está exportando capital. Criaram-se empregos bons, mas quem os ocupa não mora em Extrema, em sua maioria. Ganham aqui seus bons salários, mas gastam em outras cidades da região.

As empresas, abrindo estas vagas e dando a oportunidade de nossos jovens aprenderem a trabalhar estariam devolvendo parte dos benefícios que receberam de nossa cidade, mesmo que estes tenham sidos apenas de logística.

Se nos unirmos na busca da solução com certeza a encontraremos. Como dizia o mineiro, não podemos é perder este trem !

Bola cantada

Artigo nosso publicado no Forum dos Leitores do Estadão de hoje, 14-04.

Bola Cantada

O que Ciro queria mesmo, e conseguirá, é um ministério. Só falta definir se num governo Serra ou num governo Dilma. Se ele desistir da candidatura à Presidencia e Dilma vence, ganha um ministério. Se mantém a candidatura e Serra vence ele também ganha seu ministério. Agora, se ele desiste e Serra vence, um abraço.

Quero minha vacina já !

Que diabos de acordo o Ministério da Saúde fêz com o laboratório que produz
a vacina contra a gripe A1N1 ? Não serão vacinadas as pessoas nas faixas etarias de maior população e o preço da vacina está na ordem de R$ 80,00. Pobres desta faixa etaria vão morrer de gripe.

Se todos tem o mesmo direito, porque não vacinar todo mundo ? Nós, com mais de 50 anos, não somos brasileiros? Ou depois desta idade adquire-se imunidades ?

Então estamos combinados. O Brasil fica com sua enorme reserva de dólares lá fora e nós, brasileiros trouxas, que demos parte de nossas vidas para isto, ficamos com a gripe.

Serra foi ministro da saúde. Será que uma vez presidente nos dará também este castigo ?

Quero minha vacina já !

Que diabos de acordo o Ministério da Saúde fêz com o laboratório que produz
a vacina contra a gripe A1N1 ? Não serão vacinadas as pessoas nas faixas etarias de maior população e o preço da vacina está na ordem de R$ 80,00. Pobres desta faixa etaria vão morrer de gripe.

Se todos tem o mesmo direito, porque não vacinar todo mundo ? Nós, com mais de 50 anos, não somos brasileiros? Ou depois desta idade adquire-se imunidades ?

Então estamos combinados. O Brasil fica com sua enorme reserva de dólares lá fora e nós, brasileiros trouxas, que demos parte de nossas vidas para isto, ficamos com a gripe.

Serra foi ministro da saúde. Será que uma vez presidente nos dará também este castigo ?

terça-feira, 13 de abril de 2010

Gelando o champagne.

Quem leu as palavras de Aécio Neves ditas na reunião que anunciou a candidatura oficial de Serra ficou muito alegre, caso dos que apoiam Serra, ou com a pulga atrás das orelhas, no caso de quem apoia Lula, digo, Dilma.

Caramba ! O Aécio desancou a Dilma, o PT, Lula e seu governo. levantou a moral de Serra e do PSDB antes mesmo do início da reunião. Ficou fácil para o Serra e até beijinho saiu. Já imaginou. O Serra de beijando. Pois beijou o Aécio. Em política vale tudo. Agora só falta ele comer a tal buxada de bode.

Mas voltando às táticas. Alguém acreditaria em uma jogada de mestre ? Por exemplo: Deixa a coisa andar e conforme o crescimento de Serra nas pesquisas Aécio se define epor ser o vice. Aí um abraço. Primeiro turno garantido.

Ou o contrario. Serra empaca, perde pontos e Aécio entrar para garantir a vitoria.

Vamos ver o que Ciro decide com se PSB. Talvez aí esteja a chave.

Sei não, mas acho que o PSDB já pode ir colocando o champagne pra gelar.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Bom senso, por favor !

Leio no jornal deste final de semana críticas ao fato de que aos professores não está sendo dada a merenda escolar e fala-se da tal Lei 11.947. Interessado também no assunto, bem antes deste jornal, fui em busca de informações. Para começar, encontrei estes dois artigos na tal Lei, que me chamou a atenção. O Artigo 3º deixa claro: A alimentação escolar é direito DOS ALUNOS. Uma Lei é clara: determina de quem é o direito. E aqui não está escrito que também é direito de professores, merendeiras, motoristas, funcionários, etc.
E o Art. 10º também deixa claro que qualquer pessoa poderá denunciar irregularidades ao Tribunal de Contas da União, principalmente vereadores que se limitam a críticas via jornal. Está errado ?, então denuncie ao Tribunal de Contas.

Sábado a noite estive em uma reunião para eleição de nova diretoria em uma associação de moradores do meu bairro rural. Ao perceber que seria derrotada, a candidata, da chamada oposição, impugnou a eleição, que será encaminhada ao Ministério Público. A alegação para a impugnação: Não era possível aferir se as pessoas que estavam ali para votar eram moradores do bairro.
Pergunto: Na eleição anterior foi adotado este critério ? Respondo: Não, pois interessava.
Pergunto de novo: Porque pessoas de um bairro, em um sábado frio e chuvoso iriam sair de suas casas para ir votar em eleição de associação de outro bairro ?
Sou morador do bairro a quase 20 anos e conheço bem as pessoas. Todos que ali estavam eram, sim, moradores de um dos três bairros que formam a associação. O que deve ter causado estranheza à candidata foi o grande número de pessoas, ( mais de 100), e ai ela não conhecia todos. Foram convidados pelo candidato novo, interessado no bem estar de todos os moradores.

Misturando os dois assuntos:

Com relação à alimentação dos professores, e não tenho nada nem contra nem a favor, não existe a obrigação de a escola fornecer alimentação a funcionários. Para escolas que tem condições financeiras, existe autorização para fornecimento de lanche. E isto está sendo feito em Extrema.
Nenhum departamento da administração fornece alimentação aos funcionários. Todos trabalham e todos se alimentam. Cada um com sua solução. Como os direitos são iguais, fornecer alimentação a professores e funcionários das escolas obrigaria a administração a fornecer para todos os mais de 1.000 funcionários, o que seria inviável, economicamente falando.
Já fui algumas vezes visitar escolas em horário de almoço e constatei duas coisas: A excelente qualidade da comida servida às crianças e muita gente que não era aluno comendo. Ou seja, dinheiro destinado a alimentar alunos, conforme a Lei, sendo desviado para alimentar não alunos.
E ouvi comentários de que as melhores partes dos frangos eram reservadas a eles. Para as crianças eram dadas as partes com mais osso. Só para se ter uma idéia: Após a alteração, só o consumo de frango caiu de 50 embalagens industriais para apenas 12.
Isto sim, deveria ser denunciado.

Aquela candidata da associação, que também é professora, berrava que as crianças só comem salsichas na merenda escolar, que é uma porcaria. Opa ! se é porcaria porque os professores fariam tanta questão de comer ? E mais, faltava com a verdade, pois o cardápio diário está à disposição de quem quiser conhecer. Tenho fiscalizado e é servido frango, carne, salsicha também, hambúrguer, carne moída, legumes, saladas, etc. Existe uma Nutricionista responsável pelo que é servido. Negar a qualidade é negar o trabalho da profissional.

Posso afirmar, sem medo de errar, que muitas crianças, oriundas de família numerosa, mais humilde e cuja renda é baixa, comem melhor na escola do que em suas próprias casas.

Mas a crítica só tem validade quando tem credibilidade. Exigem que a administração incorra em irregularidade para atender apenas um grupo de funcionários. Ao mesmo tempo, denunciaram o transporte de “caronas” em ônibus escolares, uma concessão que a administração fazia aos moradores de bairros distantes, mesmo sendo também ilegal, mas que tinha como foco atender a população em geral.

Como visto, criticar por criticar, só destrói. Vamos lá, então às sugestões construtivas ? Que tal sugerir a criação dentro das escolas de um espaço para os professores aquecerem seus alimentos e fazerem suas refeições ? Se é que isto onde ainda não exista.
Que tal apresentar um projeto de transporte urbano nas áreas onde não existem linhas de ônibus circulares ? Não basta gritar “ nós pagamos impostos”, pois se não houver passageiros em número suficiente a empresa de ônibus não vai disponibilizar seus veículos. Ela é particular.
E nossa zona rural tem algumas características a considerar. Baixa densidade de passageiros. Indisponibilidade para pagar. Preferem esperar carona. Quem mora nestes lugares distantes não podem exigir ônibus de hora em hora.
A Prefeitura não pode, legalmente, pegar seus ônibus escolares e colocar no transporte de passageiros. A empresa que tem a concessão não vai trabalhar com prejuízos.
Sugestão: Criação de um Vale Transporte Municipal para pessoas de baixa renda com parceria da Sul Mineira, da Prefeitura e do passageiro.
Não existe um bom governo sem bons críticos, como não existem boas construções sem bons construtores.
Enquanto se olharem os problemas apenas pela ótica da política jamais teremos soluções. Uma cidade se faz com pessoas de bom senso e construtivas. O radicalismo leva à destruição.

terça-feira, 6 de abril de 2010

77 anos de observação

Hoje recebi, na Ouvidoria, a ligação de uma senhora de 77 anos, que desejava mandar um recado para o prefeito, recado este que se configura, na verdade, em um alerta.

Dizia a nobre senhora, do alto de sua experiência: " Olha, meu senhor, eu quero pedir para o prefeito que proiba as pessoas de mexerem com dinheiro e depois, sem lavar as mãos, mexerem com alimentos. Quero pedir também que ele obrigue as pessoas a lavar as mãos em todo o comercio da cidade. É uma vergonha. Eu queria publicar isto no jornal."

Está coberta de razão esta senhora em sua observação. De fato, se prestarmos atenção veremos que, de modo geral, não existe nenhuma preocupação com a higine, principalmente nestes tempos de gripe suina.

Infelizmente falta-nos não só cidadania, quando jogamos lixo nas ruas e nos terrenos baldios, mas falta-nos noções de sanitariedade.

Obrigado Dona Irene pelas sábias palavras, não importa a forma mas o conteúdo.