sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

VER E CHORAR !

Ver e chorar !

Vendo as tantas fotos da tragédia ocorrida na região serrana do Rio de Janeiro, onde pedras e restos de árvores restam sobre casas e ruas, nos vem à mente a noticia de que a casa onde morou Tom Jobim e onde compôs uma de suas mais famosas músicas foi destruída pelo deslizamento do morro e nos deixamos levar um pouco para o sobrenatural quando cantarolamos uma pequena parte da musica: “É pau, é pedra, é o fim do caminho....” Estaria o grande poeta antevendo esta desgraça ?

Vendo tantas fotos da tragédia e as declarações de políticos responsáveis pela falta de ação, seja no socorro imediato das vitimas ou na falta de prevenção para que tragédias deste tipo pudessem ser evitadas, ficamos na dúvida: Dizer que Deus quer assim não dá para aceitar. Afinal, Deus não seria tão ruim para punir tantos inocentes. Creditar à natureza ? Pode ser, porém, a tecnologia atual já permite antever muito do que a natureza nos reserva.
Vendo tantas fotos desta tragédia difícil de a gente entender, ficamos a procura de culpados. Afinal, alguém tem que levar a culpa. Nada acontece de graça. Rapidamente chegamos a duas constatações lógicas. Ah, mas agora é tarde. Muita gente já morreu! Não. Nunca será tarde para se corrigir erros e já que a tragédia está aí, melhor tentar aprender com ela para não errar novamente.
Vendo as fotos terríveis daqueles morros machucados, parecendo feridas sangrando, fica fácil entender que o homem não respeitou a natureza. Construiu onde não devia, sem nenhuma técnica, sem nenhum planejamento. Foi vitima de seu livre arbítrio.
Vendo aquelas casas destruídas, as cidades abaladas, e o tamanho da tragédia, fica a pergunta que não se cala: Onde estavam as autoridades que permitiram a ocupação irregular de áreas de riscos, que permitiram as construções sem nenhuma fiscalização.
Houvesse justiça neste país e todos os prefeitos daquelas cidades estariam responsabilizados por todas aquelas mortes. Que fossem, pelo menos, responsabilizados por improbidade administrativa com cassação dos mandatos dos que estão no poder e cassação de direitos políticos dos que já deixaram o poder, mas deixaram também sua marca da irresponsabilidade.
Que se varressem do mapa político todos aqueles que, seja por omissão, incapacidade, interesse político, estupidez, ignorância, ou seja lá que diabos o moveram, nunca mais venham a cuidar da coisa pública.

Que a morte de tantos inocentes sirva-nos de exemplo, e a todos os governantes, para que de uma vez, definitivamente, faça-se uma lei simples de ser aplicada, com um só artigo:
Artigo 1º - Fica desde agora proibida a construção em áreas consideradas de risco, tais como topos de morro, encostas, pé das montanhas, aterros sanitários, lixões, beira de rios e córregos, brejos e áreas alagadiças. O descumprimento desta lei acarretará multa a quem construir e a quem permitir a construção e as autoridades deverão imediatamente destruir o que for construído, sem direito a qualquer tipo de indenização.
Claro que muitos políticos dirão que a medida é impopular, mas se não se colocar um freio nesta situação a cada ano iremos chorar por mais mortos. Se a preocupação é manter alguns votos podem esquecer. Qual político teria coragem hoje de ir lá pedir um voto ?

Por isto precisamos de políticos íntegros, realmente interessados no bem estar de cada cidadão, ousados nas suas ações e comprometidos com o meio ambiente.
Difícil ? não creio ! Para fazer uma lei precisamos de... um político. Para aprovar esta lei precisamos de.... alguns políticos. Para aplicar esta lei precisamos de.... muitos políticos.

Então, minha gente, é só saber escolher o cara, ou chorar depois, como estamos fazendo agora.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

SER OU NÃO SER. JÁ NÃO É MAIS A QUESTÃO.

Em qualquer cidade, seja ela grande ou pequena, A administração pública é, na verdade, uma cesta de problemas e não faltam candidatos a resolverem tais problemas. Todo mundo vê solução, na teoria, pois na prática as questões são diferentes.
Frente a uma determinada situação, ou problema, quem está no poder faz uma leitura que sugere uma ação. Quem está na oposição faz uma leitura diferente, encontra defeitos que quem está no comando da ação às vezes não vê. Uma oposição saudável acaba sendo sempre bem vinda e faz sugestões interessantes que vem se somar às ações já pensadas.
Uma oposição destrutiva também faz aquela leitura e também encontra aquele defeito. Mas se cala e fica na torcida para que a ação planejada acabe dando errada e assim possa fazer sua crítica. Isto é ruim, pois se perde a oportunidade de ajudar a população. Ao contrário, até acaba por prejudicar.
Nunca haverá um bom governo se não houver uma boa oposição. Ser oposição não significa ser contra tudo e todos, mas sim, participar diretamente da administração, fiscalizando, sugerindo, observando. Quem está no comando não tem poderes supremos e estão sujeitos a cometerem falhas. Sendo o cidadão e a cidade os objetivos principais de qualquer político honesto e bem intencionado, desaparece, nesta ótica, a oposição e situação. Todos estão envolvidos no bem estar comum.
Terminada a eleição e eleitos os governantes ficam apenas os compromissos assumidos com a população durante a campanha. Já não importa ser ou não ser, situação ou oposição. A ordem será sempre trabalhar, trabalhar e trabalhar. A cidade é um barco e estamos todos dentro dele. Se uns remam para frente e outros remam para traz, o barco vai quebrar ou virar.
Faço estas colocações para que possamos, juntos, enfrentar os problemas trazidos pelas chuvas, que não são poucos, mas que, felizmente, para nossa cidade foram apenas danos materiais e de fácil absorção. Claro que não podemos nos confortar com a desgraça de outras cidades, mas devemos dar graças a Deus por tudo de bom que ainda temos.
Devemos nos unir, situação, oposição, povo e todos extremenses para proteger nossa cidade. Não devemos colocar lixo nas ruas, restos de materiais de construção e quaisquer objetos inservíveis. Peça para a prefeitura retirar entulhos e lixo. Não construa em áreas de riscos e muito menos sem um projeto elaborado por um engenheiro. Se você é carente e não pode pagar por um projeto, inscreva-se na Assistência Social e peça para a prefeitura uma planta popular. Tendo dúvidas sobre seu terreno, solicite à prefeitura uma informação técnica.
Lembre-se: Você é o maior responsável por suas ações.
Você, proprietário de imóveis para locação, tenha em mente que é um ser humano que irá ocupar seu imóvel. Ofereça a ele uma construção segura, confortável, e que tenha condições sanitárias de habitação. Na dúvida, peça para a Vigilancia Sanitaria e o Depto. de Urbanismo fazerem uma revisão no imóvel indicando-lhe correções.
Você , cidadão, ao verificar uma construção irregular denuncie. Ligue para a Ouvidoria Municipal – 0800 283 1911 - Lembre-se que uma construção irregular poderá se transformar em problema para você mesmo. Observe se na construção existe uma placa indicando o nº do projeto e o engenheiro responsável.
Extrema foi considerada a 2ª melhor cidade para se viver em Minas Gerais. Vamos cuidar desta qualidade. Lembre-se. Subir na árvore é difícil. Para cair basta um escorregão.

sábado, 8 de janeiro de 2011

CONTINUIDADE POSITIVA

No Brasil, e no Exterior, a continuidade política e administrativa tem sido alvo de muitos debates, concordâncias e discordâncias, apoios e críticas, enfim, é prato para todos os gostos.

Mas uma verdade é cristalina. A continuidade tem sido a ferramenta para alavancar o desenvolvimento e o crescimento de países, Estados, regiões e municípios. Muitos, e com razão, defendem que pode existir uma continuidade administrativa independente da continuidade política tendo em conta que é saudável a alternância do poder. O que pode mudar na alternância do poder é a filosofia de trabalho, a visão macro, e micro, da política e da economia, porém, a visão e a ação administrativa tende a ser verticalizada em direção ao óbvio; a manutenção do desenvolvimento e crescimento alcançado.

Qualquer político que tentar inverter a continuidade positiva, seja por birra com adversários políticos, por compromissos políticos ou mesmo por incompetência de ação, estará fadado ao fracasso e corre o risco de ser apeado do cavalo antes da linha de chegada.

Muito bem. Rodeia pra cá, rodeia prá lá, e vamos trazer o assunto para nosso Reino Encantado de Extrema. Por aqui, a continuidade política já dura mais de 20 anos com a administração sendo comandada pelo PSDB. E com alternância de poder, embora sempre dentro do partido. A considerar que isto sempre foi a vontade popular.
Não por coincidência, a continuidade administrativa foi uma conseqüência positiva, que trouxe para a cidade grande desenvolvimento e crescimento, transformando uma cidade que não apresentava um mínimo de expectativas à sua população em uma cidade modelo no Sul de Minas. Sendo uma cidade considerada pequena pelo número de habitantes, tem orçamento de cidade mediana ( deve chegar a 2012 com orçamento beirando as 110 milhões). Com isto a cidade apresenta um tripé ideal : Educação, Saúde e Meio Ambiente, além de ampla oferta de empregos pela presença, cada vez maior, de novas empresas.

Foi esta continuidade administrativa que fez de Extrema um porto seguro para as empresas investirem em novas unidades industriais. A estabilidade política é primordial para o investidor. Quem não lembra, quando Lula se elegeu pela primeira vez, da insegurança que pairava sobre o país ? Mas a continuidade positiva implementada por ele fez do Brasil também um, ou um dos mais importantes, porto seguro para investimentos. Basta ver e enxurrada de dólares que entra no país a cada ano. Extrema, nos últimos anos, recebeu milhões de dólares em investimentos de novas Indústrias. Quem está bem informado sabe disto. Para coroar o ano de 2010 que se encerrou veio a confirmação da instalação da Panasonic em Extrema. Uma nova empresa da área de alimentos já está se preparando para aportar na cidade e vai revolucionar o setor agrícola extremense. O que hoje não passa de agricultura familiar, de subsistência, passará em breve a ser um negócio rentável não só para a família, mas também irá gerar empregos na zona rural promovendo o equilíbrio entre a população urbana e rural.

Uma empresa internacional, com praticas modernas de incentivo à produção, com apoio logístico no fornecimento de sementes, adubos, insumos e, principalmente, de assistência técnica. Tudo visando sempre a maior produtividade aliada à qualidade.
Hoje o pequeno produtor rural só é dono de sua produção até o momento que o caminhão da linha retira seus produtos na porteira e leva para os maiores mercados. Fica sujeito ao preço do dia, corretagens, fretes, perdas e os costumeiros atrasos no recebimento dos valores. Esta nova empresa com certeza não só dará aquele apoio logístico e técnico mas também oferecerá ao agricultor um contrato garantindo a compra de sua produção, com preços justos e já estabelecidos e pagamento imediato. Pelo menos é assim que conheci este tipo de atividade.

Voltando à continuidade positiva, embora muita gente considere que a alternância no poder seja saudável, ela pode ocorrer não necessariamente entre partidos antagônicos, como tem sido em Extrema. Mas pode também, democraticamente, haver uma mudança inclusive nas forças políticas. Mas uma coisa é definitiva. Seja quem for o poder, não existe mais caminho de volta para a continuidade administrativa. Extrema já adquiriu musculatura própria, personalidade municipal e responsabilidade industrial. Não importando quem sejam os governantes, as empresas continuarão produzindo e gerando impostos e empregos. O comércio estará sempre crescendo, a população crescerá e seguirá trabalhando. O orçamento estará sempre crescendo e a cidade não vai parar para esperar.

Não haverá espaço para experiências, para devaneios políticos, para política anã. Será fazer ou fazer. Ou, como disse no início, o povo poderá apear o cara do cavalo antes da chegada.