Tenho ouvido muita gente dizer que em 1989 quando assumiu a prefeitura o Dr. Luiz também não tinha nenhuma experiência. Porque o Luizinho deveria ter para assumir agora?
Lá, em 1989, a quase 20 anos, Extrema era uma birosca nos cafundós do sul de Minas. Como brinca o matuto, era uma fartura só. Fartava tudo. Faltava escola, esgoto, água encanada, coleta de lixo, asfalto, postos de saúde, transporte. A cidade não tinha estrutura nenhuma e ainda penava com a cassação do prefeito Waldomiro Rosa. Ou seja, a cidade vivia sua pior situação. Estava como uma criança abandonada, maltrapilha e com fome. Nestas horas qualquer pãozinho com margarina faz festa. A cidade nem exigia alguém com experiência porque nada havia para administrar. Exigia alguém com coragem e disposição para enfrentar aquela difícil situação e trabalhar muito. Era um verdadeiro abacaxi para ser descascado.
O tempo passou. Muita coisa foi feita, a cidade foi crescendo, ganhando estrutura. Hoje podemos dizer que Extrema já é uma moçinha, linda, charmosa e rica, do tipo que atrai muitos noivos. Só que agora ela também está exigente. Deixou de ser uma birosca para ser a 8ª economia do Estado, o 2º PIB. Antes ela tinha alguns tostões que mal dava para pagar os funcionários. Hoje ela tem muito dinheiro, ganha bem e tem futuro.
Mas ela não chegou até aqui sozinha. Ela foi “criada” com carinho. Pessoas estiveram ao seu lado cuidando de seu crescimento. Temos muita gente na cidade que fazem parte da historia deste crescimento, isto não há dúvidas e ninguém poderá negar.
Hoje esta moçinha já anda com as próprias pernas. Ela tem seus súditos que sabem como lhe cuidar. São mais de 1.000 apaixonados que diariamente tudo fazem para mantê-la bonita, atraente, charmosa e trabalhadora. Podemos nos dar ao luxo de ficar sem prefeito por algum tempo que a cidade segue em frente. Extrema entrou em um círculo virtuoso de onde não sairá jamais e a tendência é este círculo se ampliar.
Então, quando falamos em um novo administrador para a cidade devemos, sim, pensar que esta moçinha já não precisa de um padrasto ou uma babá, mas de um Tutor, e dos bons. É preciso sim, alguém que saiba o que fazer e como fazer e que seja aceito pela moça. Esta moçinha está ciumenta e preocupada com seu patrimônio. Sabe que se errar na escolha de seu novo tutor poderá voltar para a situação de 1.989. Ninguém quer retroceder na vida.
Esta moçinha em breve será já uma senhora, e bem posta na vida. Seu orçamento vai quase que dobrar nos próximos 5 anos. Sua população dever chegar a 30, 40 mil habitantes. Sua área urbana vai se expandir ao longo da Fernão Dias.
Muita coisa precisará ser construída para atender este crescimento, que virá, sem sombra de dúvidas. Novas empresas estarão chegando. Kopenhagen, Multilazer, Medabil e agora a grande notícia de que a Fiat vai implantar um entreposto em Extrema para receber carros importados da Argentina, que serão ajustados ao mercado brasileiro e faturados para a região Sudeste. Muito mais ICMS parra nossa moçinha. Mais empregos e dos bons. Só estas empresas poderão gerar mais 2.000 novos empregos que representarão só em salários quase 2 milhões de reais injetados na economia da cidade todos os meses. Em nossa cidade só não terá trabalho quem não quiser. É uma situação que qualquer cidade deseja.
Como diz o povo: É muita areia pro meu caminhão. Ano que vem Extrema deverá estar com 1.200 funcionários públicos. Isto é uma grande empresa, com faturamento de quase 80 milhões por ano, tendo como clientes cerca de 25 mil pessoas para atender, e muito bem. Vai ser exigida, cobrada, fiscalizada.
Você, amigo leitor do blog, fala sério. Imagine-se dono ou sócio desta empresa e que tivesse que contratar um diretor para gerir ela. O que faria ? Contrataria alguém experiente, com curriculum no setor ou contrataria alguém honesto, trabalhador, mas que tem apenas uma grande vontade de mostrar que também pode dirigir a empresa ?
Este comentário não tem nenhuma intenção de fazer propaganda de um ou outro candidato. É apenas a manifestação de minha opinião, que o leitor do blog pode também comentar e opinar.
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