Este é um ditado muito antigo e sempre real. Quem pouco fala, pouco erra.
Estamos entrando em ano eleitoral. Logo saberemos quem serão os candidatos e em seguida entraremos no período em que os políticos poderão fazer suas campanhas políticas, seus discursos,comícios,seus comentários e, isto vai acontecer, suas intrigas.
É neste período que o político inteligente saberá dosar sua comunicação com seu eleitorado e com o povo em geral. Suas intenções e suas decisões serão expostas gradativamente, de acordo com o desenvolvimento e o desenrolar da campanha e os resultados. É desta forma que ele irá preservar seu potencial para surpreender seus adversários e para reservar sua liberdade de ações.
Seus inimigos estarão sempre atentos às suas palavras em busca de quaisquer falhas. Da mesma forma, ele estará atento aos adversários. Neste jogo de palavras ganha que menos aposta. Nestes momentos as palavras representam um grande risco e por isto precisam ser muito bem elaboradas e projetadas. É preciso medir quais seriam seus efeitos e sua compreensão. Não é hora para se criar frases de efeito, pois o “efeito” pode ser exatamente o oposto do que se pretendia.
Geralmente, frases de efeitos são dispensáveis. Quando as palavras nos escapam, seja através da fala, ou da escrita, fica difícil controlá-las.
Iniciada as campanhas políticas, os candidatos passam a despertar a curiosidade do eleitor. Ele quer saber o que o candidato faz, onde mora, quais são seus bens, quais são seus planos, o que ele pensa sobre os mais diversos assuntos, quer saber a opinião dele sobre tudo e sobre todos. Seu passado começa a ser mostrado, discutido, criticado. Sua capacidade de governar é elogiada, pelos seus admiradores, e criticada pelos seus adversários.
É agora que o candidato precisa começar a falar, opinar, defender-se, e também atacar. E aí vem o conselho mais atual: Muita calma nesta hora.
Os adversários irão provocar. Muitas coisas falsas serão ditas, Acusações infundadas surgirão. Trata-se de um jogo, da atração pelo poder, seja qual for o caminho. É um método para desestabilizar o adversário e fazê-lo “morder a língua”. Já citei, em outro artigo, frases do Maluf que praticamente liquidaram com seu prestígio:
“Votem no Pitta. Se ele não for um bom prefeito nunca mais vote em mim.” E todos sabem no que deu.
“ Estupra mas não mata ! “ Ao se referir ao um bandido.
Nos EUA um ex-candidato a Presidência disse: Vocês precisam estudar, trabalhar e melhorar de vida. Ou irão para a Guerra do Iraque !
E o povo entendeu que pobre só serve para ser mandado para a Guerra e por lá morrer. Teve que desistir de sua candidatura.
É por isto que o silêncio não comete erros. Claro que não pode existir um político vencedor mudo e surdo. Mas suas falas precisam ser muito bem planejadas sob todos os aspectos: Português correto, objetiva, clara, balizadas em argumentos reais e compreensíveis ao eleitor. Ao se referir aos adversários, evitar personalizar o ataque. Quando necessária a defesa, fazê-la de forma convicta, mas não valorizar demais o ataque recebido. Geralmente o adversário busca "colar" no político de maior destaque, pois a mídia lhe dará o destaque procurado.
Lembrar a velha tática do futebol: O melhor ataque é uma boa defesa. Portanto, antes de abrir a boca o candidato precisa fazer uma avaliação completa sobre o que foi dito, ou escrito e tentar entender quais eram os objetivos. Assim ganhará tempo para pensar, avaliar alternativas, antecipar conseqüências e depois colocar em prática suas estratégias. Muitas vezes uma curta resposta desmonta um grande argumento.
Em boca fechada não entra mosquito !
terça-feira, 10 de janeiro de 2012
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