quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

NÓS E ELES, OS VEREADORES.

Temos lido diversos comentários sobre os vereadores nas Comunidades da internet.
Muitos, cobertos de razões, outros, às vezes equivocados ou carentes de conhecimento sobre as reais responsabilidades de um edil. De toda forma, é importante que o cidadão se interesse, discuta e debata o assunto, até porque este ano teremos eleições municipais e o eleitor vai escolher seus representantes.

O eleitor pode estar certo de que a maior felicidade de um vereador eleito seria viver em perfeita união com seus eleitores. O Vereador sempre quer ter em conta a importância dos desejos e das opiniões de seus eleitores e vai sempre buscar dedicar o máximo de sua atenção a cada um deles. Bem, pelo menos esta é a lógica. Mas na prática nem tudo parece ser lógico.

Cabe ao Vereador eleito sacrificar às vezes seu repouso ou seus prazeres para atender as necessidades de um cidadão. Acima de tudo, os interesses do cidadão deverão estar sempre acima dos seus. Por isto foi escolhido entre centenas de candidatos.
Porém, e isto deve estar bem claro para cada cidadão, o Vereador jamais deverá sacrificar, seja em nome do cidadão, do eleitor ou de qualquer outra força, sua opinião sincera, seu julgamento maduro e experiente ou sua consciência. Mais uma vez,
esta seria a lógica.

Se assim ele fizer, estará traindo seu voto ao invés de serví-lo. Jamais o Vereador deverá sacrificar seu julgamento pessoal com o objetivo de atender a opinião individual, ou até mesmo de um grupo, de eleitores.

Muitas pessoas dizem que o Vereador eleito deve fazer a vontade do povo, mas esquecem que governar não é apenas uma questão de vontade. Claro que a vontade do cidadão deve sempre prevalecer, quando possível, mas governar e legislar são matérias que dependem da razão e do julgamento, não da vontade pessoal.

A opinião dos eleitores precisa ser ponderada e respeitada, e um representante do povo sempre terá interesse em conhecer a respeitar aquelas opiniões. Porém, infelizmente, muitas vezes, ele é obrigado a obedecer, defender e votar, mesmo que contrário às suas convicções, à sua consciência e ao seu julgamento por força de erros na ordem política e constitucional, aí se incluindo os partidos políticos e suas normas.

A Câmara Municipal não é a reunião de um grupo de cidadãos, eleitos pelo povo, com interesses diferentes e hostis entre si, mas é a Casa das Leis da cidade, onde o interesse comum deve ser o conjunto da cidade. O eleitor escolhe um representante. Isto é uma verdade, mas uma vez eleito ele já não é mais aquele simples cidadão escolhido pelo seu voto, mas, sim, um membro da Câmara Municipal, e por assim ser, passará a representar não só aquele que lhe deu um voto de confiança, mas todos os cidadãos extremenses.

Os Vereadores são nossos legisladores e nossos defensores na Câmara Municipal. É por isto, e para isto, que votamos e os elegemos. Logo, são merecedores de nosso respeito e consideração. Na mão inversa, nós, eleitores, merecemos sua dedicação, seu trabalho, sua responsabilidade e sua ética. Críticas e elogios recebem quem merece.

Conclui-se, então, que é grande a responsabilidade do eleitor e maior ainda a do eleito. Mas a união de ambos é que dá a necessária estrutura à Democracia.

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