Não existiria a sociedade se não existir o Poder. Bertrand Russell assim o definiu: “ poder é a produção de efeitos desejados”.
Ninguém gosta de pagar impostos, e se isto fosse uma ação simplesmente voluntária não haveria como financiar o Governo, a máquina administrativa e as Prestações de serviços advindas dela.
Ninguém quer ir para a guerra e se fosse uma decisão voluntária o país não teria como se defender e organizar suas Forças Armadas.
E muita coisa é feita obrigatoriamente, por força do Poder, para que a sociedade, como um todo, possa existir e funcionar.
Imagine se cada indivíduo pudesse dirigir seu carro da forma que lhe convier, na direção que julgar mais prática, na velocidade que conseguir. Seria o caos.
Pode-se imaginar que o Poder seja um grande volume de bens, compostos por recursos financeiros, bens materiais, instalações complexas, energia elétrica, água, transporte e uma gama de ativos que a sociedade, através do voto, coloca nas mãos de seus políticos dirigentes. Quem passa a deter este Poder assume a responsabilidade pelo seu perfeito funcionamento e levar a cada cidadão, dentro da legalidade estabelecida, os benefícios através de bens e serviços.
É este o Poder político, válido para um país, Estado ou município.
Mas também pode-se dizer que o Poder seria uma ilusão, quando se imagina conquistar o Poder para subjugar um povo, pois a Democracia será sempre o caminho para expulsar da política aqueles que dela querem se servir para benefício próprio. A Humanidade já não aceita mais os ditadores.
A luta política pelo poder visa sempre o “comando” deste volume de bens e com ele adquirir influência política. Daí se conclui que Poder e Influência caminham de mãos dadas e se completam. Enquanto a influência induz um comportamento e depende sempre da aceitação da pessoa alvo, o Poder manda, determina.
A sociedade jamais poderia se organizar a partir da influência, pois ela é sugestiva, dependente da boa vontade do cidadão. Já o Poder permite ao governo que tenha a necessária capacidade de ação e meios para executá-las, mesmo que possa contrariar interesses da população, ou de parte dela. Na hipótese de tudo depender da aceitação das pessoas, da influência, da persuasão, jamais poderíamos ter a certeza de que a população toda teria a prestação de serviços como Saúde, Educação, limpeza, transporte, segurança, etc.
Pode parecer radical, até cruel, mas o Poder é a garantia e a segurança da sociedade, claro, desde que respeitadas as regras legais vigentes. Entende-se o Poder Democrático, pois o Poder Ditatorial não representaria aquilo que o povo aceita e respeita.
Estas são as razões que explicam a organização política social dos cidadãos para a conquista do poder. Quem conquista o poder conquista o Governo, o comando. Passa a ter o direito de usar aquele grande volume de bens a fim de realizar projetos e planos, objetivos para os quais foi escolhido e votado.
É o cidadão o responsável em conceder este Poder, e tirá-lo, quando não exercido corretamente. Aí está a responsabilidade do voto. Ao votar, estaremos dando à alguém o poder sobre a sociedade, o bem estar e a nossa sobrevivência. Deixar de votar seria se omitir a esta responsabilidade.
A Política leva ao Poder. O Poder faz a Sociedade, a Sociedade faz a Política e a Política...
sexta-feira, 4 de maio de 2012
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