Em todo o país já se começa a falar em período eleitoral, campanhas, estratégias e, claro, situação e oposição.
Aqui no Reino Encantado de Extrema, falar de oposição e situação até as criançinhas já sabem falar. Para quem apóia a situação, o negócio é falar da oposição e eu não posso ser diferente. Todos sabem que apoiei e apoio a atual situação. Então quero falar da oposição, mas uma oposição responsável.
Um candidato de oposição fica angustiado, querendo logo partir para a “briga” e tentar convencer o maior número possível de eleitores e sob este estresse acaba por assumir publicamente compromissos difíceis de serem colocados em prática, e, na surdina, compromissos pessoais que irão lhe trazer problemas no futuro.
É aceito que cada candidato queira ser diferente do outro. O da oposição, geralmente, julga-se “mais diferente”, e aí começa a prometer que vai realizar o impossível. Mas o eleitor não é bobo. Principalmente o eleitor mais velho, que já passou por várias eleições e foi apreendendo. O eleitor novato, de primeiro voto, talvez até possa ser levado na emoção, mas não creia muito nisto. Os jovens estão cada vez mais politizados e também já não são presas fáceis.
Os eleitores mais velhos e mais experientes já sabem diferenciar o que seria uma “promessa de campanha” e o que poderia de fato ser realizado. Os mais jovens já aceitam os conselhos dos mais velhos quando se fala em política . E aí a coisa fica difícil. Quanto mais o candidato promete de impossível, menos o eleitor vai confiar nele.
Qualquer governante que uma vez eleito, deixar de cumprir o que havia prometido, será punido pelo eleitor inteligente. O político que pretende construir uma carreira política deve se ater a esta verdade. Não existem mágicas para governar. Existem orçamentos, projetos, experiência, conhecimento, idéias e muita, mas muita, honestidade. Sem isto ela mal conseguirá terminar seu mandato e os eleitores já estarão pedindo sua cabeça.
Administrar um País, um Estado ou uma Cidade é cada vez mais complexo. Resumindo o assunto à nossa cidade:
Extrema cresce a olhos vistos e cresceu mais que o dobro nos últimos anos. Nesta velocidade as demandas sociais são cada vez maiores. A prestação de mais e melhores serviços públicos são exigências constantes que extrapolam qualquer orçamento, por melhor que ele possa ser. Enquanto o governante tem que lidar com este dilema, o candidato de oposição tem apenas que prometer. Fazer mais e melhor. Fazer maior e mais rápido.
Felizmente, nosso sistema democrático foi ensinando o povo nestes anos todos de tantas eleições e acabou criando uma espécie de “antídoto”. Seria como se o povo fosse sendo vacinado contra os políticos que vendem ilusões . São aqueles que se apresentam como “ Mister Solução”. Prometem resolver o problema de emprego, de salário baixo, da saúde, da educação. Dizem que vão aumentar os salários dos funcionários públicos, vão melhorar os salários dos professores - sempre eles sendo usados como boi de piranha - , vão asfaltar tudo e por todos os lados, conceder isenções nos impostos, liberar o pagamento das prestações de casas populares, enfim, vão construir o paraíso na terra.
E é neste terreno que brotam as derrotas. Quem semeia , colhe. O eleitor tem a percepção de que aquilo que está ou estava sendo prometido não tem a mínima condição de ser colocado em prática na forma dita pelo candidato. A população sabe, bem ou mal, avaliar as limitações de sua cidade. O cidadão de bom senso passa a refletir: Se é assim tão fácil, porque o atual governante não fez ? E porque a situação não promete as mesmas coisas. Afinal, eles tem a experiência.
Mas vamos imaginar que o povo acredite nas tais promessas e eleja aquele candidato que prometeu o paraíso. Ao assumir o governo irá constatar de imediato que será impossível cumprir suas promessas. As coisas são bem diferentes do que imaginava. E então a casa começa a cair. Sua popularidade diminui rapidamente, seus aliados vão se afastando, ninguém mais quer “assumir” a companhia dele e seu governo mergulha em uma crise da qual não conseguirá mais sair.
Desconhecendo ofício, e encantado pelo orçamento fácil acabará por cometer equívocos que poderão levá-lo até a perda do mandato. Por estas e outras é que se recomenda ao candidato de oposição manter-se no “fio da navalha”, entre precisar ser diferente do adversário e os limites de sua competência, experiência e das dificuldades que com certeza encontrará ao assumir seu governo.
Existem sempre dois tipos de oposição: Aquela eficiente e responsável, e aquela ineficiente e sem responsabilidades.
Como estará a oposição de nossa cidade na sua opinião ?
terça-feira, 3 de abril de 2012
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