terça-feira, 24 de abril de 2012

COM A PALAVRA, OS EMPRESÁRIOS.

Esta semana participei de uma reunião de Associação de bairro com a Polícia Militar.

Falavam de Segurança Pública, problemas com drogas, roubos, furtos e, principalmente, da juventude que fica nas ruas até altas horas, praticando todo tipo de vandalismos e causando insegurança.

Ouvi de um experiente Militar comentários sobre a necessidade de se dar ocupação a estes jovens, durante o dia e à noite, para que, cansados, se recolham a seus lares pois no dia seguinte teriam compromissos.

Dizia o Militar que hoje o jovem, viciado em crack, acorda as 10,00 horas da manhã e se põe na rua em busca da droga. Praticam algum furto ou roubo, compram e utilizam a droga. Ao voltarem para suas casas praticam mais uma vez algum furto ou violência. Isto diariamente.

Ao tempo em que ouvia isto tudo lembrava daqueles jovens que fazem cursos técnicos no SENAI, daqueles que freqüentam a FAEX à noite e de todos que trabalham nas industrias da cidade. Esta é a população jovem saudável. O que, e como, fazer com aqueles que se desviaram do comportamento ideal ?

Estes jovens não tiveram acesso à educação, não tiveram estrutura familiar, não tiveram formação cidadã. Podem ser recuperados ? Podem sim, mas dependem de ações que envolvam a sociedade e não só a administração municipal.

As empresas se instalaram na cidade, gozaram de benefícios, utilizam a população em sua produção, fazem lucros e crescem. Justo seria que devolvessem à cidade uma parte de seus ganhos através de ações sociais.

Se tomarmos 20 empresas e cada uma “adotar” 10 jovens, contratando-os como aprendizes, colocando-os para trabalharem ½ período nas fabricas e levando-os a ½ período em cursos de especialização. SENAI, SENAC, FAEX ou outras escolas, mas fazendo dos cursos um compromisso, uma obrigação, teríamos 200 jovens fora das “ruas”. Seriam 200 jovens longe dos traficantes, longe das drogas e perto da oportunidade de se tornarem cidadãos exemplares. O que para a empresa pode representar pouco, para a cidade, como um todo, representaria muito.

Com uma renda de 1 salário mínimo, ajudariam a renda familiar, passariam a ter acesso ao consumo de bens de seu interesse, estariam se desenvolvendo profissionalmente formando a tão desejada mão de obra qualificada, e aliviando o trabalho da Polícia Militar, da Saúde e da sociedade.

A Panassonic irá contratar 35 jovens nestas condições. Já é um exemplo. Que venham as outras grandes empresas. Bauducco, Rexam, Barry, Kopenhagen e outras. Se unirmos esforços conseguiremos banir de nossa cidade as drogas e o banditismo. Claro que jamais conseguiríamos eliminar todo o mal, mas conseguiríamos diminuir muito.

Com a palavra os empresários.

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