sábado, 19 de julho de 2008

COMENTANDO UM COMENTÁRIO

Estou publicando este comentário de um cidadão que nos honrou com sua visita ao blog porque tem muito a ver como os direitos e obrigações de cada cidadão. Não quero aqui defender qualquer religião que seja, mas esta história de igrejas evangélicas que fazem um estardalhaço já é antiga e se espalhou por todo o país.

Eu creio que Deus não é surdo e faço minhas orações em silencio, lá no meu cantinho. Quanto tenho um tempo vou na igreja e lá faço do mesmo jeito. Não interessa a ninguém minha conversa com Deus.

Se não tem ainda uma regulamentação para isto está na hora de nossos vereadores mostrarem serviço e com isenção religiosa apresentarem e votarem um projeto regulamentando esta prática. Por exemplo: Limitar o volume do som ao ambiente onde as pessoas estão reunidas.

Tem suas razões o cidadão que escreveu o comentário, como também tem direito aqueles de expressarem sua fé. Só é preciso que se respeitem os direitos de cada um ou tudo vai virar bagunça. Já imaginaram se estes moradores colocassem um equipamento de som bem potente na calçada em frente à igreja e passassem a tocar forró bem alto. O que diriam os evangélicos ?

Eis o desabafo do nosso leitor.

Oi Odair, tudo bem?
Sou Roberto M. Boscolo, tenho 46 anos e sou morador a 8 anos em Extrema.
Na verdade este não é um comentário sobre "e a roda continua girando", mas sim um desabafo sobre outro assunto: como se estraga uma rua. Sou morador da Rua Capitão Germano, altura do nº450, e claro, trata-se de uma rua de grande movimento, com todas as vantagens e incômodos, tanto nós como nossos vizinhos estamos acostumados e convivemos bem com isso.
Mas a alguns meses, começou a funcionar, bem na frente de minha casa, uma igreja evangélica que tem deixado eu, minha família e todos os nossos vizinhos desesperados.
Quase todas as noites o barulho é insurdecedor, a ponto de não ser possível se assistir TV, conversar, estudar ou qualquer outra coisa dentro de casa, durante as 3 ou 4 horas que dura o culto. Fora a rua que fica cheia de carros estacionados em qualquer lugar, não respeitando nem as casas dos moradores. Já reclamamos, mas não adianta. Tanto nós, como meus vizinhos (comerciantes, moradores antigos, de famílias tradicionais de Extrema), estamos desanimados com a situação, a ponto de pensar em vender minha casa, tamanho é o desrespeito. Nenhum de nós tem nada contra a religião deles, pois a constituição brasileira garante o direito de credo ao cidadão, mas essa mesma constituição diz que é proibido IMPOR credo ou religião a quem quer que seja. Pôxa, o sermão deles invade minha casa, obrigando-nos a ouvir, querendo ou não. Isso pra mim é VIOLENTAR meu lar, bem na hora em que estamos em casa para descansar após um dia de trabalho. Cheguei a comentar com um vizinho meu: " eles querem chegar a Deus fazendo inferno nas vidas dos outros? " Deveria haver leis que regulamentassem o funcionamento dessas igrejas nos bairros, quanto aos níveis de barulho. Algo precisa ser feito. Por isso te escrevo. Para saber se há uma forma de regularizar isso, através da prefeitura ou nossa casa de leis.
Desculpe pelo longo desabafo.
Um abraço.
Roberto M. Boscolo
E-Mail: rmboscolo@hotmail.com

19 de Julho de 2008 07:43

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Um comentário:

OTO-LCN BR disse...

Outro dia recebi em um email fotos engraçadas, mas um deles pode ser inspiração ao morador que desabafou aqui. A foto mostrava uma pintura no muro (poderia ser em uma placa ou faixa) com os seguintes dizeres:

"Jesus não é surdo, orem baixo e respeitem os outros filhos de Deus!"

Se quiser mando a foto.