segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

SE MELHORAR ESTRAGA

"SE MELHORAR, ESTRAGA."

( Matéria publicada no jornal O Estado de Minas, edição 12/02/2012 – Pag. 16/17 )
Cidade cuja população mais cresce em Minas, Extrema, no Sul do Estado, colhe frutos dos investimentos que não param de chegar, e recebe diariamente trabalhadores de toda a região.

Técnicos do setor imobiliário avaliam que houve um aumento nos valores de locações da ordem de 60 % nos últimos dois anos. Uma só imobiliária, que administra mais de 300 imóveis, tem fila de espera para novas locações. Extrema se transformou nos últimos anos em uma espécie de ilha de prosperidade, atraindo multinacionais e alavancando o mercado de trabalho, a arrecadação de impostos e a renda dos moradores.

O novo eldorado da economia mineira gera mais empregos do que a oferta de mão de obra da cidade. Pesquisas mostraram que pelo menos 20 % dos trabalhadores na cidade moram em cidades vizinhas, mineiras e paulistas. Bragança, Pedra Bela, Vargem, Joanópolis e Jundiaí mandam em ônibus e vans centenas de trabalhadores todos os dias. Extrema tem aproximadamente 10 mil empregos. Destes, 2 mil são ocupados por profissionais de outras cidades, conforme dados do SINMEC.

Extrema tem localização privilegiada, o que facilita a Logística das empresas, e os benefícios concedidos pelo Estado despertaram o interesse de empresas multinacionais e nacionais, entre elas, a belga Barry Callebaut, maior produtora de chocolates do planeta, a FIAT, que montou um centro de distribuição, que já está sendo ampliado, a Kopenhagem e Brasil Cacau, ambas do Grupo CRM, Bauducco, do setor alimentício e Multilaser, do setor de informática. Ainda neste ano, no segundo semestre, está previsto o início de produção da Panasonic, gigante japonesa no setor de geladeiras e máquinas de lavar.

Apenas a Panasonic tem previsto investimento da ordem de 200 milhões de reais na construção da fábrica e vai gerar mais de 400 empregos diretos no início da produção. Mas já oferece mais de 200 empregos enquanto está na fase da construção.
Isto sem falar nas grandes empresas que já opera a mais tempo, como Fagor Ederlan, Frum, Granasa, Dello, Rexam e os Centros de Distribuição, como Johson & Johson, Centauro, Dimacisp e outros.

Um trabalhador nas obras da Panasonic, vindo de Limeira, a 180 kms de Extrema, dizia: “ Vim com quatro amigos e estamos morando em um hotel”. Isto ajuda a fortalecer a rede hoteleira da cidade fazendo girar a roda da prosperidade.

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