terça-feira, 2 de agosto de 2011

Eleições e Internet

As pesquisas confirmam. Em 2012 a Internet será decisiva nos resultados das urnas. Este foi o tema de uma reunião na sede do Ibope em São Paulo na semana passada. Em reunião especificamente planejada para debater o assunto, especialistas concluíram que a rede vai influenciar, ainda mais que em 2010, nos resultados das eleições de 2012.

A campanha bem sucedida de Marina Silva à Presidência da República foi apresentada como exemplo bem sucedido e do poder de comunicação e formação de opinião que o Orkut, Facebook, Twitter e Google Plus terão junto aos internautas eleitores.

Na Internet, a notícia e o boato têm uma velocidade maior que qualquer outra mídia e em questão de segundos pode-se atingir milhões de pessoas. Na mesma forma que se podem obter vantagens, correm-se o risco também de enormes perdas políticas por conta da comunicação virtual instantânea.

Mesmo em cidades pequenas existem grande número de pessoas conectadas às redes sociais, Blogs, Twitter, Msn transformando-se em verdadeiros “cabos eleitorais” ao defenderem seus candidatos ou futuros candidatos. Um comentário positivo pode ter o mesmo efeito de centenas de faixas espalhadas pela cidade ou milhares de “santinhos” jogados pelas ruas e praças. Enquanto que estes materiais são, geralmente, ignorados, aquele comentário na internet é certeiro. Atinge o alvo em cheio e é lido por quem está realmente interessado na Política.

Da mesma forma, um fato ou comentário negativo, sem bem explorado, pode nocautear um adversário. Muitas vezes sendo até mentiroso.
As experiências na rede podem ser copiadas e disseminadas. O espaço virtual é livre, apesar da responsabilidade de quem escreve e ali pode-se postar o que quiser. Claro que depois terão que se haver com a justiça quem postar mentiras, falsas acusações ou calunias. Mas isto serão outros 500 e muitos recursos. Depois da eleição perdida não adianta chorar.

Mas também é necessário que o postante tenha credibilidade, principalmente dentro das Comunidades Sociais para poder convencer o eleitor indeciso. Ganha credibilidade aquele que tem conteúdo político, conhece sua cidade e região, conhece os candidatos, tem formação política e ideológica, tem boa fluência para escrever e argumentar, sabe dialogar e debater com respeito. Esta pode ser a maior dificuldade para o candidato: Encontrar pessoas capazes, criativas, dedicadas e inteligentes para realizar a campanha na internet. Não é um trabalho para amadores.

A considerar que Campanha na Internet não é uma simples “mercadoria” ou um produto popular em promoção. È, na verdade, um produto “sob medida”.

A estratégia pode começar já, driblando as limitações da legislação utilizando e cativando Comunidades Virtuais, atraindo jovens eleitores indignados e ansiosos por novas idéias, mudanças, que querem influir nas decisões. Eles podem promover debates em cima de nomes não ainda candidatos , mas que podem vir a transformar em um pela força da internet.

Muitos dos internautas serão eleitores de primeiro voto e isto aumenta o potencial para surpresas e o político inteligente deve ter em conta que o Brasil é um país de população jovem. Quem tinha 12 ou 13 anos em 2.008 e nem pensava em política , em 2012 já estará ostentando seu título de eleitor e estará acessível a todo tipo de argumentos. Sua cabeça está virgem, politicamente falando, e será alvo fácil para políticos profissionais.

A Internet, sem dúvida, fará o voto ser muito mais volátil em 2012 do que foi em 2010. Na reta final é muito provável que ocorrerá quedas e subidas nas preferências de voto, e tudo por causa da Internet.

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