O STF determinou ontem que Estados e Municípios devem oferecer aos professores o direito de ficar fora da sala de aula durante um terço de sua jornada de trabalho.
Os educadores devem usar este período para desenvolver atividades de planejamento de aulas e aperfeiçoamento profissional. Isto poderá por fim a uma situação insólita, quando o professor tinha que estar presente nas horas de trabalho contratadas e depois levar pra casa uma carga de trabalho não remunerada. Quem trabalhava 8 horas na escola geralmente trabalhava mais 2 ou 3 horas em sua casa para preparar aulas.
Apesar de ser uma decisão jurídica, ninguém perdeu nada. O Estado ganhou porque irá ter melhor qualidade no ensino. O Professor ganhou porque terá mais tempo para preparar sua aula e apresentar melhores resultados. As prefeituras terão que contratar mais 180 mil docentes para assegurar aos alunos 4 horas diárias de aulas.
Haverá um impacto financeiro, sem dúvida, pois Estados e Municípios terão que contratar mais professores, mas devemos encarar isto não como despesa, porém, como investimento. Aulas mais planejadas, professores mais descansados e melhor preparados resultarão em melhor qualidade, objetivo perseguido por todos.
Diminuindo a reprovação de alunos teremos mais vagas. Está em estudo alterações na forma de aprovação continuada para eliminar aquele problema de aluno estar na 4ª série e não saber ler e escrever corretamente. O Índice de avaliação será melhorado.
Uma ação movida pelo Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul e Ceará já havia conquistado a efetivação de um piso salarial nacional para os professores.
Ideal seria que ambos, Estado e professorado entendessem que isto é um caminho de duas vias. O Estado deve remunerar o melhor possível e os professores devem ensinar e se dedicar da melhor forma possível. Quando um dos lados se acomodar o fracasso estará determinado.
Todos precisam entender: O diálogo é o melhor caminho, pois os objetivos são os mesmos.
sexta-feira, 29 de abril de 2011
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