segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

EXTREMA, CAPITAL DO EXTREMO SUL DE MINAS ?

Claro que é brincadeira, mas já ouvi de alguns extremenses inchados de orgulho estas pérolas: Vargem e Bragança logo, seriam cidades dormitórios de Extrema, ou, Toledo e Itapeva logo, logo farão parte da Grande Extrema. Brincadeiras à parte, o fato é que já é preciso repensar nossa cidade.

Extrema tem atraído grandes investimentos e conquistado indústrias importantes para seu parque industrial. A última conquista foi a Panasonic, que neste mês lança a pedra fundamental para o início da construção de sua fábrica para a chamada linha branca ( Geladeiras, Máquinas de Lavar, Fornos de Microondas , etc). A Panasonic vai gerar, em médio prazo, mais de 1.000 empregos e é claro que Extrema não tem, neste momento, 1.000 pessoas desempregadas, muito menos com o perfil técnico que aquela empresa vai precisar. A solução virá de fora, das cidades vizinhas. Ou seja, Extrema está exportando capital na forma de salários e captando orçamento na forma de impostos. Mas um alerta ! Extrema estaria nos limites do desenvolvimento ? Será que já chegamos ao chamado “ Break even Point” ou Ponto de Equilíbrio” ?

Tudo é relativo. Uma cidade não pode crescer e se desenvolver contando apenas com sua população. Principalmente se esta população é pequena. Então ela entra no círculo virtuoso. Mais empresas, atraem mais moradores e a cidade vai crescendo. Vai se desenvolvendo. Aí se faz necessária uma administração competente, séria, focada no cidadão, pois será necessário investir na educação, com mais creches e mais escolas, na Saúde, com mais Postos de Saúde e Hospital, na Segurança, com mais policiamento e organização do trânsito e mais em tudo. Extrema está nesta direção e realizando esforços para atender as expectativas.

Porém, chega um momento em que começamos a perceber que a saturação está próxima. Talvez tenhamos chegado ao ponto de equilíbrio ideal e é chegado o momento de parar para organizar ? Afinal, o crescimento veio muito rápido. Mas o que fazer com tantas empresas querendo vir para o Sul de Minas ? Perder estes investimentos é ruim para o Estado de Minas Gerais e muito pior para o extremo Sul de Minas, pois todas as cidades vizinhas merecem fazer parte deste desenvolvimento. São nossos irmãos.

O extremo sul do estado é uma região pequena em termos dimensionais, mas é onde vivem mais de 150 mil pessoas e é preciso ter horizonte mais aberto. É preciso sair da redoma de vidro e entender que a região desenvolvida abre espaço para mais oportunidades a todos. Pode-se viver em Extrema e trabalhar em Camanducaia, ou vice-versa. Isto posto, sugeri ao nosso prefeito a criação de um Grupo de Trabalho Intermunicipal com a participação das prefeituras de Extrema, Toledo, Itapeva, Camanducaia, Estiva, Munhoz, Cambui e outras que porventura queiram fazer parte.
Este Grupo de Trabalho teria a função de colaborar com as cidades para organizarem seus distritos industriais, estruturas e condições para poderem oferecer um “pacote” às empresas que queiram vir para a região. Assim, o extremo sul de minas não perderia a oportunidade de receber investimentos, gerar empregos em todas as cidades e não em uma só, redistribuir renda e ampliar as condições de vida que Extrema oferece aos seus moradores para toda a região.

Extrema é o pólo de atração pelas suas condições de logísticas, pela proximidade aos grandes centros e pólos consumidores. Além disto, oferece algo que atualmente tem valor imensurável: Qualidade de Vida.
Mas convenhamos. Nossas cidades irmãs estão muito próximas destas condições, mas faltam a elas talvez algum tipo de assessoria que possa levar empresas até alguns quilômetros adiante. É esta minha proposta. Ajudar estas cidades pode significar ajudar Extrema, Ajudar o Sul de Minas.
Como diria nosso mineiro puro: Não podemos é perder este trem !

Nenhum comentário: