Deu na TV neste final de semana.
Uma grande quantidade de municípios deste país não tem uma creche para atender suas crianças, apesar de leis que obrigam o governo a oferecer este serviço.
A reportagem mostrava diversas cidades do Norte, Nordeste, Sudeste e Sul do Brasil. Anotei alguns casos que se mostravam curiosos: São Paulo, a maior cidade brasileira tem mais de 100 mil crianças sem creche.
A cidade de Barra do Turvo, no interior de São Paulo, em região açucareira e rica, não tem uma creche e uma cidadã oferece algumas vagas em sua casa, por sua conta e risco e com a acomodação municipal.
Pinheiro, no Maranhão, cidade com 80.000 habitantes também não tem nenhuma creche, apesar de ter uma grande população e estar no Estado base do Senador José Sarney, recentemente eleito Presidente do Congresso e onde sua filha é governadora. Nesta cidade um Padre Italiano montou uma pequena creche, sem nenhuma ajuda do governo, e atende algumas crianças.
Mas meu interesse estava mesmo é no Estado de Minas Gerais onde 170 cidades, de um total de 573, de nosso Estado não tem ainda nenhuma creche. Peguei um exemplo: A cidade de Piranga, distante cerca de 300 kms da capital, Belo Horizonte, tem 17.200 habitantes e nenhuma creche, nem mesmo perspectiva de ter em breve.
E aí fiz a comparação com nosso Reino Encantado de Extrema. Temos pouco mais de 28.000 habitantes, estamos a 450 kms da capital, Belo Horizonte e somos uma cidade de fronteira. Como se sabe, toda cidade de fronteira é terra de ninguém. Quanto mais distante do poder central piores são as condições de vida e de atendimento à população.
Mas em Extrema a coisa é diferente. A cidade tem diversas creches espalhadas pelos bairros da área urbana e da área rural. Mais uma para mais de 250 crianças está prestes a ser inaugurada próximo ao centro da cidade. A industrialização maciça da cidade ofereceu oportunidade de trabalho para muitas mães e com isto a esperança de maior renda familiar e melhores condições de vida. Mas isto só seria possível oferecendo um lugar seguro e saudável para suas crianças.
Com a próxima inauguração praticamente não haverá na cidade a possibilidade de uma criança que precisa de creche não ser atendida. Tudo isto é reflexo de um planejamento, de um projeto de vida para cada cidadão. Mais empresas significaram mais empregos, mais renda, mais consumo e daí, mais empregos. A roda começou a girar. Algumas indústrias trouxeram a oportunidade de emprego para mulheres, o que exigiria mais creches. Aí está o planejamento.
Outras empresas trouxeram a oportunidade de trabalho para os jovens, porém, necessitavam de mão de obra, se não especializada, ao menos, treinadas. Aí estava o SENAI e o SENAC oferecendo cursos de acordo com as necessidades das empresas. Mais planejamento.
As exigências de curso superior já é uma pratica normal em quase todas as contratações das empresas para cargos acima do chão de fábrica. Uma faculdade foi implantada na cidade, FAEX, para oferecer aos jovens a formação necessária para um início de carreira profissional. E para ajudar os jovens mais carentes criou-se o Programa Bolsa Estudantil, onde é possível ao jovem mais carente obter até 50% do valor da mensalidade, independente do curso e de onde ele seja feito, desde que o jovem more na cidade a mais de 2 anos. Mais planejamento.
Em praticamente todas as pequenas cidades as zonas rurais são áreas em que a administração municipal não se faz presente. Por isto ainda é comum encontrar-se pessoas analfabetas e crianças em idade escolar fora da escola. Existem os pequenos heróis, que saem de casa de madrugada, caminham quilômetros muitas vezes sob chuva para chegarem a uma escola instalada em barracões, sem iluminação, sem merenda e com parcas condições para o ensino.
Em Extrema as coisas são diferentes. Toda a zona rural está coberta pela rede de ensino, além da existência de creches ao lado das escolas. É na zona rural de Extrema que se construiu a maior Escola rural do Estado de Minas Gerais, no Bairro da Roseira. Uma escola para 600 alunos tendo ao lado uma creche para mais de 100 crianças. Todas as escolas possuem transporte coletivo para buscar e levar as crianças em suas casas. Merenda da melhor qualidade é oferecida aos estudantes e nas creches são oferecidas 5 refeições ao dia: Café da manhã na recepção das crianças, lanche as 10,00 hrs, almoço ao meio dia, lanche as 15,00 hrs e um lanche as 17,00 hrs antes da saída.
A Saúde também é importante para quem vive distante da cidade. Por isto cada bairro da zona rural tem o seu PSF que faz os primeiros atendimentos, seja na prevenção ou na emergência e, se necessário, a pessoa é transportada imediatamente para o Pronto Atendimento Municipal onde terá todas as condições médicas que seu caso exija. E se for necessário será encaminhada para internação no Hospital da cidade através do SUS.
Claro que um processo de desenvolvimento como este traz também algumas conseqüências típicas das grandes cidades. Uma delas é tal Lei da Oferta e da Procura. Os preços das casas e os aluguéis passaram a ser iguais aos das maiores cidades. Bons empregos e Qualidade de vida atraem muita gente
Tudo isto denota um planejamento que já vem de muitos anos e que coloca Extrema na posição diferenciada de município pequeno, de fronteira, mas com estrutura de cidade grande. Uma cidade que está cada vez melhor. Uma cidade que entrou em um ciclo virtuoso e que ganhou musculatura própria. Nada, nem ninguém, poderá alterar esta caminhada que está imune à forças políticas. O desenvolvimento e o cidadão , somados a uma administração responsável formarão a base de sustentação de uma situação a que o povo extremense já não abre mão.
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
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