Muitas vezes perdemos a oportunidade de perceber as coisas ao nosso redor. A natureza é uma delas.
Lá no alto do morro, onde vivo, adotei o hábito de fazer caminhadas, devagar, e observando e ouvindo.
Já aprendi a identificar vários pássaros pelo canto. Já entendo porque os macacos Saa gritam, alertando a chegada de estranhos, avisando que vai chover, marcando o espaço da família. Reconheço o canto da Juriti, avisando que o dia já acabou, assim como a farra das maritacas no final da tarde, quando voltam para casa. O bom dia do Sabiá e a harmonia do Pixarro.
O silêncio dos cachorros, que querem entrar na casa, com o rabo entre as pernas, é sinal de temporal chegando. Buscam proteção. Nestas horas os passarinhos desaparecem. Os macacos silenciam. A Mãe Natureza parece avisar. Guardai-vos porque vai água.
Um dos meus passatempos é sair com lupa, binóculo e máquina fotográfica. Do alto da montanha posso ver o mundo com o binóculo e sentir que a paisagem nunca é a mesma. As montanhas não saem do lugar, mas a cada momento vestem roupas diferentes.
Com a Lupa vou observando pequenas flores, pequenos insetos, seus ricos detalhes, o colorido, o desenho. Coisas que a natureza nos dá de graça. É só querer ver. A florzinha desta foto, que nem sei o nome, tem apenas 1 centímetro de tamanho, mas ampliada nos mostra uma riqueza de detalhes que o melhor pintor não conseguiria colocar na tela.

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