Passados os primeiros momentos pós-eleição, baixada a poeira
e voltando a calma e bom senso, começo a tentar fazer uma análise dos fatos. De
cara fica a pergunta: Teríamos aprendido a votar ?
Observei que nosso eleitorado deu mostras de maturidade e
conservadorismo.
Não se deixou levar por falsas acusações, ataques pessoais,
críticas destrutivas, factóides e todo tipo de cambalacho que candidatos ruins
de votos procuram armar para enganar o eleitor.
Mas, por outro lado, deixou transparecer, pelo menos para
mim, um certo “machismo”, pois apesar de termos várias candidatas à vereança,
nenhuma foi eleita. Será que a única vereadora da ainda atual legislatura teria decepcionado ? Uma pena, pois a presença da mulher em nossa
Câmara sempre teria algo de muito positivo e de representatividade. As
mulheres, sempre muito unidas, parecem que desta vez não se acertaram.
O eleitor queria, e conseguiu fazer, uma renovação da Câmara
Municipal. Serão nada menos que oito novos vereadores e aqui ficou explícito o
desejo de dar oportunidade aos jovens. Como ficou também uma certeza. O eleitor
não perdoa. O artigo ‘NÚMEROS DE NOSSA CÂMARA “ neste blog mostrou exatamente
quem trabalhou e quem deixou por fazer. Alí estava, nas entrelinhas, o nome dos
vereadores que não iriam se reeleger.
Dos oito novos eleitos, creio que o mais velho seja o
Renato, que ainda é um jovem. Os demais representam realmente a juventude de
nossa cidade. Marcinho, Silvinho, Juninho, estes “inhos” já dão uma idéia de
juventude, Danilo, Mantega, Sidney, Juliano e Renato dão o tom da renovação.
Veremos os resultados com o passar do tempo.
Pelos lados da Prefeitura, definitivamente a maioria
concluiu que a cidade está bem administrada e deu mais uma vez seu voto de
confiança ao Dr. Luiz. Serão mais 4 anos de desenvolvimento e crescimento para
a cidade. Mais de 11.000 eleitores fizeram a opção pela continuidade, que vai
alcançar 24 anos. Depois desta vitoria e se fizer um mandato igual ou melhor,
vai ficar difícil para qualquer oposição que queira disputar uma eleição.
Há oposição ? Claro que há. Tem gente contra ? Claro que
tem. Democracia se faz exatamente quando não há unanimidade. Mas a votação dada
aos dois candidatos para prefeito pela
oposição foi também uma demonstração de que aqueles não eram o que a oposição
desejava, haja vista que os votos nulos, brancos e de abstenção, somados, praticamente se igualam a soma dos votos dados
aos dois candidatos.
Individualmente falando, a votação de cada um foi ridícula,
se considerarmos as campanhas e as expectativas que faziam eles e seus apoiadores.
Pior foi constatar que os candidatos a vereança, de ambas as coligações tiveram
votações praticamente insignificantes. Dois candidatos da situação, somados, já
tiveram votação maior que as coligações de oposição.
A soma de votos dos candidatos a vereador da situação é
maior que a soma de votos dos dois candidatos a prefeito da oposição. Parece
que desta vez o eleitor estava atento, não se deixou levar por promessas e
comentários. Aprendeu a votar? Ou os candidatos é que não aprenderam a fazer
campanha ?
Particularmente fico com a impressão que a cada eleição o
eleitor extremense vai entendendo que sua cidade é realmente diferente e vai
ficando mais difícil que ele vá entregar o futuro dela nas mãos de aventureiros,
de gente sem experiência. Ele quer cada vez mais, e melhor.
Os próximos 4 anos nos darão a visibilidade exata sobre
nossa decisão e nos dirá se aprendemos ou não a votar. Os números dizem que
sim.
O histórico de cidades que tiveram alternância de poder
entre partidos mostram retrocesso enquanto que cidades onde houve alternância
de pessoas, mas não de partidos, as cidades sempre cresceram e se
desenvolveram. Quem entra quer dar continuidade ao que vinha sendo feito,
enquanto que a alternância de partidos faz com que o que estava sendo feito
seja enterrado e esquecido, para se começar do zero. E 4 anos é pouco tempo
para isto.
Parabéns, povo de Extrema. Quem semeia, colhe.
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