segunda-feira, 17 de setembro de 2012

SAIU A PESQUISA. E AGORA ?


Apresentadas a primeira pesquisa eleitoraL logo começam a surgir movimentos migratórios nas intenções de votos. É a chamada “sindrome da adesão do voto”.

Especialistas explicam que o candidato que desponta na frente dos demais, e, principalmente, se apresenta uma diferença de intenção de voto muito elevada, tende a atrair os votos daqueles eleitores que ainda estavam em dúvidas e também de outros que acabam ficando decepcionados vendo seu candidato com votação inferior.

É o momento em que ocorre a chamada transferência de voto. O eleitor passar a acreditar que se votar naquele que vai perder estaria desperdiçando seu voto.

Este comportamento já foi identificado a mais de 100 anos e segue se repetindo em todas as eleições. É o tipo de comportamento onde os eleitores não estão identificados com os partidos políticos,  mas apenas preocupados com seus problemas e dificuldades mais imediatos.

No Brasil, e mais propriamente, nas pequenas cidades como o nosso Reino Encantado de Extrema, a relação política está muito mais  centrada entre o eleitor e o candidato. A coisa é mais pessoal. Uma boa parte da população apóia um candidato, o reelege, até que ele não saia do eixo e cometa alguma asneira. Outra parte é contra aquele candidato e apóia qualquer um que aparecer, desde que seja contra também, até que este também venha a cometer algum deslize que faça o eleitor mudar de idéia.

É o que se vive em Extrema neste momento da reta final das campanhas. De repente uma pesquisa vem mostrar que um candidato está muito a frente dos demais. Os que o apóiam, fazem festa. Os que apóiam os outros candidatos que a pesquisa coloca em grande desvantagem ficam decepcionados.

Enquanto aquele que aparece em vantagem acelera sua campanha, entusiasmado pelos resultados, os demais tendem perder o ânimo e entregar os pontos, ou passar a tentar desmentir os números. Mas os eleitores já foram atingidos e o “bichinho da desconfiança” já começa a se mexer.

Falar mal do candidato preferido do eleitor,  seria a melhor estratégia ? Será que um eleitor se deixará convencer apenas porque o outro candidato mete o pau naquele que está na frente ?

Mas também não daria para falar bem, ou estaria entrando na campanha dele. Melhor falar das coisas próprias e tentar ignorar o preferido, pois quanto mais falar dele, mas vai encher sua bola.
A alternativa agora é esperar o dia da eleição e torcer para que aqueles números não sejam tão duros, pois se assim forem, a vaca já foi pro brejo.

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