Apresentadas a primeira pesquisa eleitoraL logo começam
a surgir movimentos migratórios nas intenções de votos. É a chamada “sindrome
da adesão do voto”.
Especialistas explicam que o candidato que desponta na
frente dos demais, e, principalmente, se apresenta uma diferença de intenção de
voto muito elevada, tende a atrair os votos daqueles eleitores que ainda
estavam em dúvidas e também de outros que acabam ficando decepcionados vendo
seu candidato com votação inferior.
É o momento em que ocorre a chamada transferência de voto. O
eleitor passar a acreditar que se votar naquele que vai perder estaria
desperdiçando seu voto.
Este comportamento já foi identificado a mais de 100 anos e
segue se repetindo em todas as eleições. É o tipo de comportamento onde os
eleitores não estão identificados com os partidos políticos, mas apenas preocupados com seus problemas e
dificuldades mais imediatos.
No Brasil, e mais propriamente, nas pequenas cidades como o
nosso Reino Encantado de Extrema, a relação política está muito mais centrada entre o eleitor e o candidato. A
coisa é mais pessoal. Uma boa parte da população apóia um candidato, o reelege,
até que ele não saia do eixo e cometa alguma asneira. Outra parte é contra
aquele candidato e apóia qualquer um que aparecer, desde que seja contra também,
até que este também venha a cometer algum deslize que faça o eleitor mudar de idéia.
É o que se vive em Extrema neste momento da reta final das
campanhas. De repente uma pesquisa vem mostrar que um candidato está muito a
frente dos demais. Os que o apóiam, fazem festa. Os que apóiam os outros
candidatos que a pesquisa coloca em grande desvantagem ficam decepcionados.
Enquanto aquele que aparece em vantagem acelera sua
campanha, entusiasmado pelos resultados, os demais tendem perder o ânimo e
entregar os pontos, ou passar a tentar desmentir os números. Mas os eleitores
já foram atingidos e o “bichinho da desconfiança” já começa a se mexer.
Falar mal do candidato preferido do eleitor, seria a melhor estratégia ? Será que um
eleitor se deixará convencer apenas porque o outro candidato mete o pau naquele
que está na frente ?
Mas também não daria para falar bem, ou estaria entrando na
campanha dele. Melhor falar das coisas próprias e tentar ignorar o preferido,
pois quanto mais falar dele, mas vai encher sua bola.
A alternativa agora é esperar o dia da eleição e torcer para
que aqueles números não sejam tão duros, pois se assim forem, a vaca já foi pro
brejo.