JÁ COMEÇOU SUA CAMPANHA ?
Muito bem, já passamos a
fase das convenções e do registro de candidaturas. Vamos começar a campanha ?
Quando? , me perguntaria o novo candidato e eu respondo: Ontem, meu amigo.
Não se deve perder um dia
de campanha. E em nossa pequena cidade o negócio é mesmo a famosa “boca a boca”,
pois não temos campanhas pela TV nem pelo rádio, salvo para prefeito. Fazer
campanha através de jornais é caro e limitada. Carros de som, folhetos,
santinhos e muita, mas muita sola, é o que resta.
Para a eleição de
prefeito ainda caberão as famosas pesquisas, que irão colocando a campanha no
eixo, mas para vereador a coisa muda. Como fazer uma pesquisa para vereador em
uma cidade como Extrema ? É possível, claro, mas inviável, economicamente
falando.
Então é importante ir
conhecendo o que se falam pelas ruas, colher opiniões de amigos, conhecidos,
vizinhos, cabos eleitorais, quando tem. O importante é o candidato se fazer
muito conhecido. Quanto mais conhecido, mais lembrado será.
As técnicas de marketing
indicam que para um nome ficar memorizado pelo eleitor será preciso que ele
ouça aquele nome pelo menos 7 ou 8 vezes. Quanto mais, melhor.
Muito se fala de Plataformas
de Governo, Programas, Projetos e aí o candidato resolve sair por aí prometendo
mundos e fundos. É preciso lembrar que o eleitor não é bobo e saberá distinguir,
daquilo que está sendo prometido, o que realmente pode ser feito. Tanto o
candidato a prefeito, como o candidato a vereador, devem ter em conta uma
plataforma crível, viável, mesmo que alguma coisa necessite de mais de um
mandato. Uma plataforma é um conjunto de idéias, planos e objetivos. O
compromisso deve ser na direção de que tudo será feito para se conseguir
realizar aquilo.
Os candidatos a vereador
devem ter a exata noção de como poderá ser sua atuação na Câmara Municipal para
não prometer o que jamais poderá fazer.
Os candidatos devem, sim,
elaborar uma agenda para sua campanha, planejando as datas de comícios,
carreatas, reuniões de trabalho com a equipe de campanha, reuniões com os cabos
eleitorais e reservar um tempo para as caminhadas de campanha. Falo daqueles
passeios pelo centro da cidade para um contato estreito com o eleitor.
É neste momento que o
candidato “mostra a cara” e o eleitor aprecia isto. Pode parecer bobagem, mas o eleitor gosta de ser cumprimentado por
um candidato. Sente-se valorizado, politicamente falando. Importante que neste “passeio”
o candidato se faça acompanhar de assessores para atenderem solicitações e
sugestões, registrando tudo, anotando tudo. Se possível, leve junto um
fotógrafo/filmador. Convide amigos, parceiros e eleitores para te acompanhar. É
importante passar desde o início a impressão de apoio popular.
Sempre que ocorrer uma
oportunidade de diálogo com um eleitor convença-o a levar sua proposta e seu
nome para outras pessoas.
Em uma campanha o
candidato pode pedir tudo.
Enquanto a propaganda
sonora, visual ou verbal se espalha em busca do eleitor, o contato pessoal, “boca
a boca” traz a proximidade, a intimidade, e a sensibilidade para perceber como
está a imagem e a aceitação. A conversa “olho no olho” permite esta percepção.
Enquanto a campanha para prefeito exige milhares de votos, para vereador se
fala em centenas de votos.
Em Extrema a percepção
atual é de que serão necessários no mínimo 500 votos para se eleger um
vereador. Serão 90 dias de campanha para se conquistar pelo menos 6 votos por
dia.
O candidato a vereador
deve considerar que serão 93 candidatos para 23.399 eleitores registrados. Uma
média de 250 eleitores para cada candidato. Alguém vai ter que “roubar” voto de
alguém. Então, mãos a obra. Lembrando que o eleitor muitas vezes é infiel, ou
ingrato e pode deixar-se levar por promessas e agradinhos.
Campanhas com alto volume de investimentos e vasto
time de cabos eleitorais também são uma excelente estratégia, porém cara e
muitas vezes ineficazes, pois além de envolver salários, carros, combustíveis,
logística, riscos e investimentos, implica em prováveis exclusões já que nem
sempre todo território da campanha é alcançado.
O trabalho “boca a boca” faz um similar,
sem altos investimentos, com baixo risco trabalhista e alcançando desde as
pessoas com alto grau de instrução até as mais simples e humildes. De qualquer
modo, uma vez que o eleitor é conquistado, certamente terá um peso tremendo na
decisão do voto. Porém, sempre é bom lembrar que a mente do eleitor não é
estática e estará sendo, todos os dias, influenciada por uma enxurrada de
informações formuladas e divulgadas com o objetivo de formar a opinião dele
Um lembrete a cada candidato. Um eleitor conquistado pode
representar muito mais que apenas um voto porque ele, uma vez conquistado, fará
a continuidade de seu trabalho.
Bom trabalho e boa sorte a todos os candidatos.
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