DOIS PESOS E DUAS MEDIDAS.

A chamada oposição usou e abusou em dizer que o prefeito é corrupto, que houve um conluio na desapropriação de um terreno. Houve até uma pessoa que escreveu na Comunidade Virtual que o vereador era ladrão. A maioria gritava aos ventos que o prefeito seria cassado. Mas ninguém atentava para o fato de que processos na justiça precisam ser julgados e as pessoas condenadas para depois poderem se manifestar. Muitos já colocando em dúvida nossa Justiça.

Vejo o julgamento do Mensalão. Muitos dizem que são culpados, outros, que não, e toda a sociedade está aguardando a justiça se manifestar.

Pois bem, nesta mesma trilha, fiz referencia ao processo sobre salários recebidos indevidamente por alguns vereadores e que ainda tramita pela Justiça, a espera de um julgamento final. Fui claro, não citei pessoas nominalmente, usei até um sentido figurado para não comprometer pessoas, citei fatos que estão nos autos. E deixei novamente claro que seria preciso esperar a justiça se manifestar.

E para não cometer injustiça sempre usei o verbo em tempo de dúvida. Futuro-mais-que-perfeito, no Condicional. Seria, teria, poderia, e por aí vai. Dando mostra de que sempre haveria uma condição.

Mas isto foi suficiente para despertar a ira da oposição. Para eles, o prefeito e o vereador são culpados e pronto. Mas os vereadores que receberam salários indevidamente aprovados e que tiveram seus pagamentos autorizados seriam vitimas do sistema.

Ora, gente, campanha política é como luta de box. Tomar o soco, respirar fundo, se recuperar e partir para o ataque para também socar o adversário.

Toda a oposição resolveu me eleger o maior puxa-saco porque defendo o prefeito. Defendo ele,  e defenderei qualquer pessoa que possa ser injustamente acusada de alguma coisa.

Para os desatentos, vejam isto:

CP - Decreto Lei nº 2.848 de 07 de Dezembro de 1940

Art. 331 - Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela:

Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.

Vejam que esta Lei data de 1.940 e ainda está em vigor, porém desatualizada. Ela diz: quando o funcionário está em seu local de trabalho e é ofendido pessoalmente.

Ocorre que agora temos a internet e a pessoa pode ofender um funcionário, em seu horário de trabalho, através de palavras postadas na internet, ao vivo e a cores, em tempo real. E isto a Justiça saberia diferenciar, ou atualizar.

Quando o cidadão está fora de seu horário de trabalho, usando a internet, é um cidadão como os demais, sujeito às Leis Comuns que protegem, ou condenam, cada cidadão. Mas, estando no seu horário  de trabalho, alguém fazer-lhe uma ofensa pessoal, caberia um processo. E chamar de puxa-saco seria ofensa, difamação, humilhação. Se isto acontece pela via virtual é conseqüência dos novos tempos e a Justiça Brasileira já admite esta realidade.

Como vivemos em plena democracia e campanha política é opção para quem gosta e quer participar , levar algumas coisas na brincadeira sem achar que tudo deve ser alvo de processos é o melhor a fazer. Claro que devem existir limites, mas a Justiça já tem muito com o que se preocupar. 

Mas voltando ao “Dois Pesos e Duas Medidas”. Ok. Por estar na administração e defender ela o cidadão seria um puxa-saco ?  E na remota hipótese de um candidato de oposição se eleger, todas as pessoas que viriam a ser nomeadas para os cargos de confiança seriam, então, puxa-sacos ?

Ora, mais uma vez ! Quem faz parte da administração, aprova a administração do prefeito, gosta da cidade como ela está, porque  não  elogiar e defender isto tudo de ataques que só buscam denegrir as pessoas, e  que nada oferecem de construtivo para a comunidade ?

Cada um pode tecer elogios a seus candidatos, que são honestos, que são isto e aquilo. Ótimo. Então, todos seriam os puxa-saco deles, ou não ?

Falem de seus candidatos, das qualidades deles, de seus programas e projetos e deixem o adversário fazer a mesma coisa. Deixem as pessoas em paz, ou aceitem  o troco, sem resmungar. Afinal, tudo é festa. A eleição passa logo e depois  todos irão cuidar de suas vidas.

Se você não provocar, não será provocado. Se você não atacar, não será atacado. Mas se tudo isto acontecer, melhor seguir a recomendação da Marta do PT: "relaxar e gozar".