terça-feira, 1 de novembro de 2011

A ARTE DE ENGOLIR SAPOS

Uma das coisas que se aprende muito rapidamente na política é a arte de engolir sapos. Seja por inexperiência ou inocência, seja por necessidade ou objetividade, o neo-político vai engolindo os anuros que lhe são servidos. Crús, sem tempero, não importa. Tem que engolir.

Mas já aprendi também que os que detém o poder parecem ter o apetite bem maior, tal a quantidade de sapos que precisam engolir diariamente.

Já perceberam que todo político experiente é barrigudo ? Seriam sapos engolidos ? Mas a convivência com os bichinhos vai nos dando uma certa estrutura que acabará nos sendo muito útil por toda a vida. É uma dieta indigesta mas o ser humano a tudo se adapta.

Respirar fundo e segurar o ímpeto não é uma coisa fácil de se fazer e também não se aprende da noite para o dia. No momento da raiva, fazemos coisas que podemos nos arrepender para o resto da vida. Assim, este exercício - constante - de auto-controle, deve nos motivar sempre a continuar tentando um equilíbrio emocional.

Costumo dizer que Deus nos deu dois ouvidos para ouvir melhor o que nos vem, dois olhos para enxergar bem as situações e uma boca para falar somente o necessário! E mesmo assim nos metemos em "fria" porque nossa língua muitas vezes parece ser uma cobra fora de controle em nossa boca.

Quantos de nós não tivemos que engolir sapos até hoje, em todos os setores de nossas vidas (social, profissional e até familiar). Quando surgem tais "sapos", principalmente na vida profissional, entendo que devemos mostrar nosso descontentamento e desaprovação de forma não agressiva, quer seja por palavras e gestos, e preferivelmente de forma não publica; a não ser que não haja outra forma ou modo,

Após nossa desaprovação, deveremos manter o silêncio. É a melhor forma para darmos uma resposta e mostrarmos que estávamos certos em nossos pontos de vista,

Passei por várias situações em que tive que engolir sapos, e reparei que utilizando tal procedimento, passei a ser cada vez mais respeitado e minhas sugestões acatadas.
Para agirmos desta forma, devemos conhecer e analisar profundamente o tipo de problema -sapo-, antes de darmos nossa opinião sugestão.

Costumo dizer que na vida devemos lutar judô e não boxe. Explicando: quando se luta boxe, você dá um sôco e leva outro. Em pouco tempo estão, os dois, muito machucados. Quando se luta judô, você se utiliza do peso do adversário para jogá-lo no chão.
Agora tirem suas conclusões. Judô ou boxe?

Acho que cresci muito depois desta dieta nada agradável.

Respirar fundo, raciocinar enquanto isto e segurar o ímpeto. Costumo dizer, em linguagem bem xula: Autoconhecimento não nos isenta de cair-sentado na lama, mas nos dá condições de levantar mais rápido!

Contar até dez, quando criança, até era fácil, mas curiosamente, depois de adulto parece que fica mais difícil. O negócio é praticar, cada dia, para que o sapo fique mais palatável e chegue um dia em que você o considerará uma iguaria especial. Sem nenhum maquiavelismo.

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