quinta-feira, 10 de novembro de 2011

EXTREMA DE ONTEM E DE HOJE.

Relembro Extrema em 1.991, quando por aqui cheguei. Ruas tranqüilas, poucos carros, pessoas passeando a pé, cruzando as ruas na maior calma. Típica cidadezinha do interior. Estive na inauguração da Rodoviária, que parecia enorme para a cidade tão pequena. A cidade começava a ser mudada.

Mas os tempos foram passando, a cidade foi crescendo, mais gente, mais carros, mais movimento, e de repente Extrema já não é mais aquela.

Hoje temos problemas de trânsito, acidentes, congestionamento na hora de pico, rodoviária lotada em alguns horários, enfim, tudo que uma cidade grande tem, Extrema também tem. E aí vem a necessidade de planejar e racionalizar os espaços. E Extrema está fazendo a lição de casa. Não é possível derrubar as casas e fazer mais ruas.

Já está provado que semáforos não são soluções, pelo contrário, são causadores de graves acidentes. Enquanto um confia cegamente no semáforo, outro passa por ele cegamente e em alta velocidade. Pronto ! Aí está o grave acidente. Sinalização horizontal e, principalmente, educação no trânsito apresentam melhores resultados. Não tendo semáforo todos transitam com mais atenção. Na prática, ninguém confia em ninguém. Todo mundo dirige com mais atenção, e cuidados.

A antiga Fernão Dias, que cruzava a cidade seria o local mais perigoso da cidade se ainda estivesse por ali. Felizmente houve a alteração do traçado e restou-nos a pista para ser aproveitada na forma que a Prefeitura pudesse. A construção da Av. Nicolau Cezarino foi providencial. Deu à cidade uma rota de aproximação ideal e ares de modernidade. As construções de rotatórias, inicialmente muito criticada, mostraram que a Administração Municipal estava no caminho certo. Acabaram-se os constantes acidentes, os acessos para a cidade ficaram mais seguros e mais práticos.

Dentro da cidade os espaços nas ruas e avenidas, disputados pelos ônibus, caminhões, carros, motos e pedestres foram ficando pequenos, disputados. Surge então a necessidade de replanejar a cidade. Vamos começar a ter ruas de mão única, as contra-mãos, retornos, vias paralelas, estacionamento regulamentado. Logo teremos nossas experiências com estacionamento a 45º. Afinal, o número de veículos na cidade tem aumentado constantemente.

Basta observar os horários de pico, ( almoço e às 17,00 horas ). Algumas ruas, como a Benjamin Constant e a João Mendes, ficam congestionadas e confusas.
Não há mais espaço para carros estacionados nos dois lados e veículos pesados, como ônibus e caminhões, transitarem em mão dupla.

A Prefeitura tem um departamento ( trânsito@extrema.mg.gov.br ) que está planejando, implementando e cuidando para que tudo possa funcionar na melhor forma possível. Agora, é preciso que a população também colabore respeitando as sinalizações, faixas de pedestres, estacionamento regulamentado. E que entendam que qualquer alteração não tem por objetivo prejudicar ou beneficiar alguém, individualmente falando, mas solucionar para todos.

O cidadão tem todo o direito a fazer críticas e dar sugestões. Mas antes deve observar atentamente se a maioria está sendo beneficiada. Não adianta reclamar do ponto de ônibus em frente a sua casa. Ele será sempre colocado em frente a alguma casa, mas depois de um estudo técnico. Não adianta reclamar que terá que andar com o carro mais um ou dois quarteirões porque sua rua ficou com mão única. Tem que ver se o benefício de muitos é maior que o transtorno de poucos.

Cito o exemplo da Rua Capitão Germano, transformada em mão única recentemente. Acabaram-se os congestionamentos. A rua ficou ampla, limpa, fácil de ser percorrida, e, principalmente, mais segura. O retorno pela via paralela também ficou ótimo. Mais tranqüilo, sem ter que encontrar um grande ônibus tapando toda a pista.

E deixo uma sugestão, que mais cedo ou mais tarde será inevitável: A Rua Benjamin Constant, entre a Tancredo Neves e a Capitão Germano precisa também ser transformada em mão única, com retorno pela 22 de Julho, também ampla. Teríamos duas amplas avenidas, com trânsito facilitado, estacionamento facilitado, maior segurança ao pedestre. Logo teremos a nova Av. Lavapés ligando a Nicolau Cezarino ao Bairro do Agenor e à Estrada do Salto e o tráfego pesado na cidade vai diminuir. Vamos ter também a nossa marginal.

Quem viu Extrema em 1.991 e ver em 2.012 terá uma grata surpresa. A cidade mudou, e para melhor.

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