quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Efeitos da crise

Nadia, era o nome dela. Filha de um agricultor e de mãe dona-de-casa analfabeta.

Com 12 anos já trabalhava. Foi Babá, feirante. Juntou um dinheirinho . Fez cursos no Senai,
e acabou realizando seu sonho: Trabalhar na GM. Tudo bem que era um contrato temporário,
mas estava lá. Podia pagar o curso de inglês de seu filho, a prestação do Corsa 2002, da
GM, claro, e a Faculdade de Gestão de RH, pois queria subir na vida.

De repente um aviso para uma reunião. Pela quantidade de gente coisa boa não era. E
pelo tipo de conversa, pior. Veio o aviso: Comunicamos que os funcionários com contrato
temporário não terão seus contratos renovados. Por favor, entreguem aqui seus crachás.

Aquilo foi uma bomba sobre sua cabeça. E agora,? Como pagar os compromissos ?
Dia seguinte acorda, como de costume, as 04,30 da madrugada, mas não tinha para onde ir.

Um café, com gosto amargo e liga a TV. Fica ali, olhando para o nada.

A isto se dá o nome de efeitos da crise.

Muitos reclamam de seus salários. Claro que todos querem melhorar. Mas no momento
devemos dar graças a Deus por ter nosso emprego e rezar para que esta tal crise passe rapidamente.

E que Nadia consiga um novo emprego logo.

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