sábado, 21 de fevereiro de 2009
Crise lá, crise cá.
Pelo mesmo caminho deverá entrar a arrecadação estadual ( ICMS, IPVA, etc).
O reflexo para os municípios virá na redução dos repasses federais estaduais e também na arrecadação municipal ( ISS) e até no IPTU, pois muita gente poderá deixar de pagar no vencimento.
Então, prefeito que tem " os pés no chão " está trabalhando com " o pé no freio" para não "ficar a pé". O jogo de palavras pode parecer engraçado mas a situação real não é não.
Aqui em Extrema nossos jornais trazem a noticia de que o prefeito conseguiu reduzir a Folha de Pagamentos de 1,6 milhões para perto de 1,25 a 1,3 milhões. Quase 20 % de economia e a cidade continua funcionando, e bem. As obras estão em andamento, os serviços estão sendo disponibilizados e os cidadãos atendidos.
Leio críticas sobre prováveis demissões. Porém, é preciso não confundir demissões com não-contratações. Funcionário contratado, no final da legislatura anterior teve seu contrato vencido e alguns tem o vencimento nestes primeiros meses.
A renovação destes contratos envolve avaliações da nova administração, tais como:
- Quantidade de funcionários em determinado departamento. É suficiente ? Está acima do necessário ? É possível dar uma "enxugada" em função da crise ?
- Qualidade funcional do funcionário, avaliação de sua chefia, produtividade.
- E, acima de tudo. O planejamento financeiro para cada departamento.
sábado, 31 de janeiro de 2009
Dedo na Ferida
deixar claro a necessidade de saber separar o cidadão Odair Piccioli observador e crítico, do Odair Picciolli, Ouvidor Municipal e funcionário da Prefeitura.
Aqui falo como crítico, observador, como sempre fui.
Leio hoje no Gazeta da Cidade a entrevista do prefeito Dr. Luiz Carlos Bergamin e alí, no meio de suas explicações e comentários sobre a administração que se inicia, observo sua coragem ao meter o dedo em uma ferida a muito tempo inflamada e inflamando e que agora vai purgar de vez quando ele corajosamente decide enfiar o dedo.
Me refiro às casas populares dos conjuntos habitacionais e àqueles que deixaram de pagar suas prestações, julgando que a prefeitura deve dar aquilo de graça, como já foi dito por um político irresponsável. O prefeito condena, e com muita razão, aqueles que tomaram o lugar de outros que mais precisavam e alugam ou vendem suas casas ao arrepio das leis.
A cidade precisa, cada vez mais, de moradias populares e novos conjuntos virão. Mas o objetivo social destes programas precisa e deve ser respeitado, que é dar moradia àqueles que não podem pagar um aluguel, cada dia mais caro. Não é justo que os que já receberam sua casa deixe de pagar, até porque os valores das parcelas são mínimos. Só não paga quem não quer pagar.
Força, Prefeito. Cobre sim,tudo que está atrasado, pois é com este dinheiro que se financia novas casas. E aqueles que ainda insistirem em não pagar que sejam acionados na Justiça para que devolvam as casas a quem realmente precisa e queira pagar. E que se retomem as casas daqueles que se julgam espertos ao alugar aquilo que lhe foi disponibilizado para seu exclusivo uso.
O povo precisa entender que a prefeitura não é uma "vaca leiteira". Que o dinheiro é público e pertence a todo o povo e não a alguns que se julgam acima dos demais. Precisa entender que existe uma Lei de Responsabilidade Fiscal que o prefeito precisa cumprir e que todos devem ter um mínimo de ética e caráter.
Se todos colaborarem teremos uma sociedade cada vez mais justa. Parabéns Sr. Prefeito.
Artigo nosso no Estadão On-Line de 31-01 e um comentário recebido.
AGORA POOOODE ?
Pelo custo/benefício 450 milhões não é lá tão caro para se construir o túnel que irá substituir as balsas do Guarujá. Como anunciado, é possível construí-lo em apenas 1 ano. O pagamento poderá ser feito em 15 anos mediante concessão a iniciativa privada. Caramba ! Se é assim tão fácil porque demoramos 60 anos para fazê-lo? Cegueira política , falta de capacidade ou falta de vontade ? Vamos lá Governador. Rumo à Presidência, né mesmo ?
Odair Picciolli pedraseartes@suednet.com.br
Extrema - MG
Ter senso crítico é privilégio da minoria, numa sociedade sem criticidade e irreflexiva. Por essa razão, por primar pelo pensar e expressar que externo congratulações pela excelente e clara exposições das idéias na opinião: AGORA POOOODE ?
O referido comentário foi lido no Estadão on-line, Fórum dos Leitores no dia 31 de janeiro de 2009.
Pertinentes observações. Parabéns!
Sem mais, cordiais abraços...
Márcio Alexandre da Silva – Assis – SP
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
Carta ao Bradesco
Esta carta foi enviada ao Banco Bradesco, porém devido à criatividade com
que foi redigida, deveria ser direcionada a todas as instituições
financeiras. Tenho que prestar reverência a(o) brasileira(o) que, apesar de
ser altamente explorada(o), ainda consegue manter o bom humor.
CARTA ABERTA AO BRADESCO
Senhores Diretores do Bradesco,
Gostaria de saber se os senhores aceitariam pagar uma taxa, uma pequena taxa mensal, pela existência da padaria na esquina de sua rua, ou pela existência do posto de gasolina ou da farmácia ou da feira, ou de qualquer outro desses serviços indispensáveis ao nosso dia-a-dia.
Funcionaria assim: todo mês os senhores, e todos os usuários, pagariam uma pequena taxa para a manutenção dos serviços (padaria, feira, mecânico, costureira, farmácia etc).. Uma taxa que não garantiria nenhum direito extraordinário ao pagante.
Existente apenas para enriquecer os proprietários sob a alegação de que
serviria para manter um serviço de alta qualidade.
Por qualquer produto adquirido (um pãozinho, um remédio, uns litros de combustível etc) o usuário pagaria os preços de mercado ou, dependendo do produto, até um pouquinho acima. Que tal?
Pois, ontem saí de seu Banco com a certeza que os senhores concordariam com
tais taxas. Por uma questão de eqüidade e de honestidade.
Minha certeza deriva de um raciocínio simples. Vamos imaginar a seguinte cena: eu vou à padaria para comprar um pãozinho. O padeiro me atende muito gentilmente. Vende o pãozinho. Cobra o embrulhar do pão, assim como, todo e qualquer serviço..
Além disso, me impõe taxas. Uma 'taxa de acesso ao pãozinho', outra 'taxa por guardar pão quentinho' e ainda uma 'taxa de abertura da padaria'. Tudo com muita cordialidade e muito profissionalismo, claro.
Fazendo uma comparação que talvez os padeiros não concordem, foi o que
ocorreu comigo em seu Banco.
Financiei um carro. Ou seja, comprei um produto de seu negócio. Os senhores me cobraram preços de mercado. Assim como o padeiro me cobra o preço de mercado pelo pãozinho.
Entretanto, diferentemente do padeiro, os senhores não se satisfazem me cobrando apenas pelo produto que adquiri. Para ter acesso ao produto de seu negócio, os senhores me cobraram uma 'taxa de abertura de crédito' - equivalente àquela hipotética 'taxa de acesso ao pãozinho', que os senhores certamente achariam um absurdo e se negariam a
pagar.
Não satisfeitos, para ter acesso ao pãozinho, digo, ao financiamento, fui obrigado a abrir uma conta corrente em seu Banco. Para que isso fosse possível, os senhores me cobraram uma 'taxa de abertura de conta'.
Como só é possível fazer negócios com os senhores depois de abrir uma conta, essa 'taxa de abertura de conta' se assemelharia a uma 'taxa de abertura da padaria', pois, só é possível fazer negócios com o padeiro depois de abrir a padaria.
Antigamente, os empréstimos bancários eram popularmente conhecidos como
papagaios'... para liberar o 'papagaio', alguns Gerentes inescrupulosos cobravam um 'por fora', que era devidamente embolsado.
Fiquei com a impressão que o Banco resolveu se antecipar aos
gerentes inescrupulosos.
Agora ao invés de um 'por fora' temos muitos 'por dentro'.
- Tirei um extrato de minha conta - um único extrato no
mês - os senhores me cobraram uma taxa de R$ 5,00.
- Olhando o extrato, descobri uma outra taxa de R$ 7,90 para a
manutenção da conta' semelhante àquela 'taxa pela existência da padaria na esquina da rua'.
- A surpresa não acabou: descobri outra taxa de R$ 22,00 a cada trimestre - uma taxa para manter um limite especial que não me dá nenhum direito. Se eu utilizar o limite especial vou pagar os juros (preços) mais altos do mundo.
- Semelhante àquela 'taxa por guardar o pão quentinho'.
- Mas, os senhores são insaciáveis. A gentil funcionária que me atendeu, me entregou um caderninho onde sou informado que me cobrarão taxas por toda e qualquer movimentação que eu fizer.
Cordialmente, retribuindo tanta gentileza, gostaria de alertar que os senhores esqueceram de me cobrar o ar que respirei enquanto estive nas instalações de seu Banco.
Por favor, me esclareçam uma dúvida: até agora não sei se comprei um
financiamento ou se vendi a alma?
Depois que eu pagar as taxas correspondentes, talvez os senhores me
respondam informando, muito cordial e profissionalmente, que um serviço
bancário é muito diferente de uma padaria. Que sua responsabilidade é
muito grande, que existem inúmeras exigências governamentais, que
os riscos do negócio são muito elevados etc e tal. E, ademais, tudo
o que estão cobrando está devidamente coberto por lei,
regulamentado e autorizado pelo Banco Central.
Sei disso. Como sei, também, que existem seguros e garantias legais que
protegem seu negócio de todo e qualquer risco.
Presumo que os riscos de uma padaria, que não conta com o poder de
influência dos senhores, talvez sejam muito mais elevados..
Sei que são legais. Mas, também sei que são imorais. Por mais que estejam
garantidas em lei, vocês concordam o quanto são abusivas...!?!
sábado, 24 de janeiro de 2009
Você e seu Vereador.
Olá meus amigos. Estamos começando o ano, em termos políticos, e nossa Câmara Municipal já realizou algumas reuniões. Mas o povo ainda não está prestigiando tais reuniões, como deveria de ser. Vamos lá pessoal ! Não basta só votar. Tem que acompanhar.
quinta-feira, 15 de janeiro de 2009
Efeitos da crise ( 2 )
Ontem uma casal me procurava pedindo emprego de caseiro, sem nunca ter
trabalhado nesta função, sem experiência e sem referências. O marido estava
trabalhando em uma empresa da cidade e foi demitido. A mulher, idem, pois
era trabalhadora terceirizada, os primeiros a serem demitidos na crise.
O dinheiro que receberam vai ser usado para pagar o aluguel, luz, água, IPTU,
e as despesas do dia-a-dia até arrumarem outro emprego. Mas se demorar para
isto acontecer ?
Hoje, uma comissão de representantes do Asilo dos Velhinhos São Vicente de Paula
procurou o prefeito para pedir ajuda. As colaborações desapareceram, outras estão atrasadas,
mas os velhinhos precisam comer, serem cuidados. As dívidas vão se avolumando.
Emergencialmente o prefeito, Dr. Luiz, enviou à Câmara projeto autorizando a
prefeitura fazer uma ajuda de 100 mil reais em 10 parcelas de 10 mil. E se a crise for
muito longa, como é que ficarão os velhinhos ?
quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
Efeitos da crise
Nadia, era o nome dela. Filha de um agricultor e de mãe dona-de-casa analfabeta.
e acabou realizando seu sonho: Trabalhar na GM. Tudo bem que era um contrato temporário,
mas estava lá. Podia pagar o curso de inglês de seu filho, a prestação do Corsa 2002, da
GM, claro, e a Faculdade de Gestão de RH, pois queria subir na vida.
De repente um aviso para uma reunião. Pela quantidade de gente coisa boa não era. E
pelo tipo de conversa, pior. Veio o aviso: Comunicamos que os funcionários com contrato
temporário não terão seus contratos renovados. Por favor, entreguem aqui seus crachás.
Aquilo foi uma bomba sobre sua cabeça. E agora,? Como pagar os compromissos ?
Dia seguinte acorda, como de costume, as 04,30 da madrugada, mas não tinha para onde ir.
Muitos reclamam de seus salários. Claro que todos querem melhorar. Mas no momento
devemos dar graças a Deus por ter nosso emprego e rezar para que esta tal crise passe rapidamente.
E que Nadia consiga um novo emprego logo.