Quero aproveitar este espaçopara escrever sobre a crise financeira que está afetando o mundo inteiro.Se tem uma área que, assim como os economistas, não estou entendendo nada é Economia. Além do mais, bolsa de valores é um local em que pretendo passar bem longe, depois da experiência que tive há uns 20 anos. Sim, meus poucos mas bons leitores, este velho blogueiro já foi vítima da ganância de ganhar dinheiro fácil, na década de 80, em um período em que, a exemplo do primeiro semestre deste ano, o mercado de ações também estava "bombando".
Resultado: deixei na "Bolsa" uma suada economia de mais de 5 anos de trabalho,que tinha reservado para trocar de carro naquele ano, mais um décimo-terceiro salário inteirinho.Depois disso, nunca mais atreveu-se a participar desse jogo em que, no final das contas, quem acaba ganhando fortunas, surrupiadas dos cardumes de pequenos investidores, são os peixes grandes.
O princípio da bolsa de valores até que é legítimo: você compra ações de uma empresa. Com isso, a ajuda a capitalizar-se e a investir na produção. Depois, participa dos lucros oriundos desse processo.
Na prática, porém, como dizia o Joelmir Betting, a teoria é outra. Quem acaba ganhando dinheiro, mesmo, são especuladores como Daniel Dantas, Naji Nahas, George Soros, entre outros menos famosos mas nem por isso menos espertos. Outro dia, o jornalista Ricardo Boechat definiu bem esses senhores: Piratas de Wall-Street. Manipulam o preço das ações e desvirtuam a proposta original desse mercado: é a especulação em detrimento da produção.
Muitos de vocês já devem ter recebido pela Internet um divertido e esclarecedor e-mail de autor desconhecido, explicando como funciona, no fim das contas, a bolsa de valores.Recebi vários, com algumas variantes. Em alguns, os protagonistas são macacos. Em outros, burros. E assim por diante. A narrativa, entretanto, é sempre a mesma.
Como a achei bem esclarecedora, resolvi, então, abordar a crise financeira e reproduzir, aqui, em caráter educativo, a tal história. Preferi a versão ilustrada por micos.
Era uma vez um pequeno vilarejo do Interior. Certo dia, apareceu ali um homem bem vestido, simpático, anunciando aos aldeões que compraria micos a R$ 10,00 cada um. Iniciou-se, então, a caça aos micos da região. Em uma semana, o visitante já havia comprado mais de cem micos.
Como agora havia ficado mais difícil achar esses irriquietos macaquinhos na floresta, o homem anunciou que passaria a pagar R$ 20,00 por cabeça. Conseguiu mais alguns pequenos símios, até que ficou praticamente impossível encontrar mais micos nas redondezas.
O investidor, então, anunciou que iria à capital e voltaria na semana seguinte. E que, ao retornar, pagaria R$ 50,00 por cada novo mico encontrado. Seu assistente ficou tomando conta dos animais já comprados. No entanto, na ausência do patrão, o assistente fez a seguinte oferta aos aldeões: ele lhes venderia todos aqueles micos por R$ 30,00 cada um e, daí, quando seu patrão voltasse, os aldeões os revenderiam a ele por R$ 50,00.
Obviamente, todos aceitaram a sedutora oferta. E nunca mais viram o investidor nem seu assistente. Só micos, por todos os lados.
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