As notícias do mundo sempre nos trazem intranqüilidade. Europa em
crise, desemprego de 27 % na Espanha, China diminuindo investimentos, USA, quem
diria, tendo cidades importantes, como Chicago, indo a falência pura e simplesmente.
Portugal, Itália, Grécia, tudo caindo pelas tabelas. Até a Finlândia, tida como
exemplo mundial em todos os sentidos, sejam políticos, econômicos ou sociais,
quebrou.
Prá baixo da linha do Equador também vai ficando difícil. Venezuela, rica em
petróleo, com inflação acima de 30 % e o desemprego acima disto. Peru e Bolivia nunca foram
exemplos de crescimento e desenvolvimento e agora sofrem pela falta de investimentos
externos. Salva-se, como sempre, o Chile, que tem uma economia equilibrada. Mas
se os preços do cobre caírem e os negócios diminuírem a coisa tende a ficar
difícil por lá também.
A vizinha Argentina segue seu calvário de montanha russa.
Neste momento está nas partes mais baixas. Sem credibilidade no mundo econômico não
consegue atrair investimentos. A inflação, popular já passou dos 25 %, enquanto
o governo insiste em 6 % ( Algo parecido com o Brasil ? ) e o país passa a depender praticamente das vendas ao
Brasil, já que suas relações com os demais vizinhos estão em péssimo estado.
Chile, Uruguai e Paraguai preferem ver o diabo a ter que enfrentar a presidente
argentina.
Feita a rápida viagem, chegamos à terra do gigante
adormecido, ou estremecido. Por aqui a coisa vai de mal a pior. Divida externa,
que os petistas costumam dizer que o Lula pagou, já atingindo níveis nunca
visto em apenas um ano. Neste ritmo
Dilma vai bater todos os recordes. Empregos
, ainda temos, apesar dos baixos salários, mas com sérios riscos de entrarmos
na faixa dos europeus. Dívida interna, que o Lula nunca pensou em pagar, já
atinge 1,3 trilhões, ou aprox. 600 bilhões de dólares, o dobro de nossas
reservas cambiais, e para segurar o dólar
vai crescer ainda mais.
Acabo de ler no Estadão que Dilma se reuniu com Lula para
tomar decisões políticas. Difícil entender que um país possa ser dirigido a
seis mãos. Dilma, Lula e Temer juntos e o país na situação que está, seja
política ou econômica, causam arrepios até nos mais otimistas. Qual investidor vai querer arriscar ?
Pronto. Desembarquei no Reino Encantado de Extrema. Quando
se tem nível de desemprego de 5% considera-se como pleno emprego, pois estes 5 % são creditados à rotatividade
normal.
Extrema ainda tem empregos, e renda, claro, e a nossa
macro-micro economia consegue se manter ativa, porém, há que se colocar as
barbas de molho. Devemos ter cerca de 10 a 12 mil pessoas ativas na cidade. A
maioria trabalhando nas indústrias locais, bancos e comércio.
Sem ser pessimista, mas sendo realista, se a economia
mundial e a do Brasil, inclusa, está passando por apertos, nada impede que de
repente o consumo diminua, a produção caia e com ela viriam as demissões. Se nossas empresas resolverem
cortar, digamos, 20 % de seus quadros, teríamos uns 2 mil desempregados na
cidade. Nossa economia suportaria isto ? O primeiro impacto seria no mercado imobiliário,
com aluguéis não pagos, prestações em atraso, imóveis colocado à venda, com preços
caindo. Na seqüência, o comercio de supérfluos, veículos, roupas, etc. e depois,
se a situação perdurar, alimentos e produtos de uso diário.
Felizmente a economia é muito dinâmica. Quando um segmento
mostra-se fraco, outros se destacam, crescem e se desenvolvem. Extrema está
apoiada em uma variada gama de segmentos industriais, o que nos dá alguma
segurança. Lá no alto falei de Detroit, nos USA. Uma cidade que era totalmente
dependente da indústria automobilística. Por isto quebrou quando a indústria de
automóveis entrou em crise.
Por aqui temos indústrias de chocolates, biscoitos
(alimentos), Fundições, Metalúrgicas, Eletro-Eletrônicos, Eletrodomésticos,
Plásticos, produtos de higiene e limpeza, além das empresas prestadoras de
serviços e empresas satélites daquelas maiores. Isto nos dá uma certa segurança
visto que dificilmente teríamos uma queda de consumo em todos estes segmentos.
Por coincidência, ou por planejamento, criamos um “colchão”
que poderá suportar nossa queda e estamos seguindo no mesmo caminho. É preciso
manter um “estoque” de empregos, constantemente, e isto se conseguirá com mais empresas
chegando à nossa cidade. A cidade conquistou credibilidade e respeito político.
A quantidade de grandes empresas é atrativo para outras mais. Temos um certo
conforto econômico e de empregos e podemos nos dar ao luxo de escolher as novas
empresas que buscam a cidade.
É chegada a hora de se buscar empresas de alta tecnologia,
que tragam faturamento expressivo e
impostos sem ocupar muito espaço e sem exigir muitos empregados, mas que possam
pagar melhores salários. Em contrapartida, precisamos dispor de mão de obra
qualificada para estas empresas, ou terão que trazer de, ou ir buscar, em
outras cidades. E é neste caminho que
entramos. A diversificação industrial é que trará para nossa cidade a segurança
do emprego e da renda para as famílias. Precisamos estar prontos para isto.
Portanto, já passamos da hora de cada um investir na sua
formação e qualificação, enquanto é tempo. Oportunidades sempre existirão,
porém, cada vez mais com mais exigências. No passado, quem tinha o Ginásio e
sabia datilografia, lembram disto ?, já se credenciava a um bom emprego. Hoje,
é preciso nível Superior e informática para se começar um estágio, aprender uma
profissão, se especializar e sonhar com cargos de chefia e salários idem.
A roda da economia está rodando. Quem andar ao lado estará
na mesma velocidade. Se ficar parado na frente será esmagado e se não
acompanhar ficará definitivamente para trás.
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.
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