Como venho dizendo, as coisas estão ficando complicada. Vamos torcer para que não cheguem até nossas industrias e que não traga desemprego. Este artigo é recente, e mostra uma realidade; A roda está rodando para trás. Se o Governo Federal não tomar medidas que possam alavancar a atividade industrial a situação poderá fugir do controle. O alerta amarelo já acendeu.
Publicada em 27-07-2013
Indústria
mineira teve retração em junho, diz Fiemg
Produção
e uso da capacidade instalada caíram.
A
atividade industrial em Minas Gerais registrou queda em junho, indicando desaceleração
no segundo trimestre do ano, com recuo tanto na produção quanto no emprego. A
Sondagem Industrial, realizada pela Federação das Indústrias do Estado de Minas
Gerais (Fiemg) e Confederação Nacional da Indústria (CNI), indicou queda também
no nível de utilização da capacidade instalada.
Entre as principais causas para a insatisfação dos empresários com a lucratividade e com a situação financeira, no segundo trimestre, eles destacam o aumento da taxa de juros e a inflação. E como maiores problemas indicam a alta carga tributária e a concorrência acirrada. Para o segundo semestre, a expectativa é de manutenção da produção em patamares semelhantes ao apurado no mesmo período do ano passado. "Os empresários não veem um cenário para a retomada da indústria no segundo semestre", analisa a economista da Fiemg, Anelise Fonseca.
Enquanto em maio a produção industrial mineira foi de 51,2 pontos, em junho caiu para 43,6 pontos, o menor indicador registrado em todo o ano. Se comparado com o mesmo mês de 2012, que na época também foi de queda, com 47,3 pontos, esse resultado indica um decréscimo de 3,7 pontos. Essa retração foi percebida tanto nas empresas de pequeno porte, com queda mais intensa (43,1 pontos), quanto nas grandes (43,6 pontos) e nas médias (44 pontos).
Acompanhando a curva da produção, o emprego industrial também caiu no mês de junho. O indicador de 47,3 pontos foi o menor registrado desde dezembro de 2012, quando foi apurado o resultado de 45,7 pontos. Anelise Fonseca chama atenção para o fato de que este é o segundo mês consecutivo em que o indicador aparece abaixo da linha dos 50 pontos. A queda mais intensa foi percebida junto às médias empresas (46,3) seguidas pelas grandes (47,1) e pelas pequenas (48,4 pontos).
O nível de utilização da capacidade instalada efetiva também foi baixo, ficando em 40,3 pontos em junho - o que representou uma deterioração de 5,1 pontos na comparação com maio. As pequenas apresentaram um índice muito baixo (36,7), seguidas pelas médias e grandes, com indicadores de 42,3 e 41,3 pontos, respectivamente.
O nível dos estoques de produtos finais registrou ligeira queda, passando de 52,1 pontos em maio, para 51 pontos em junho. Mas cresceu em relação a março, quando foram registrados 46,5 pontos. Segundo a pesquisa, o nível de estoques de produtos finais encerrou o mês conforme o planejado pelas empresas, com um índice de 50 pontos.
Indicadores financeiros - Os empresários estão cada vez mais insatisfeitos com a margem de lucro de suas empresas. O indicador, que já era negativo no primeiro trimestre do ano, com 40,2 pontos, mostrou deterioração, registrando 39,6 pontos no segundo trimestre. As mais insatisfeitas são as pequenas empresas, com indicador de 35,9 pontos. As médias e grandes apontaram 40,5 e 41,3 pontos, respectivamente.
O acesso ao crédito é outra fonte de insatisfação dos empresários, alcançando 43,4 pontos no segundo trimestre do ano. Embora o resultado seja negativo, considerando que está abaixo dos 50 pontos, apresentou uma melhora na comparação com os três primeiros do ano, quando se apurou 41,9 pontos. O indicador de situação financeira também foi negativo, com 46,3 pontos no trimestre, praticamente o mesmo patamar do registrado no mesmo período do ano passado, com 46,1 pontos.
Entre os principais problemas enfrentados pelos empresários, a Sondagem Industrial destaca a elevada carga tributária, apontada por 64,4% dos entrevistado, com ligeiro acréscimo em relação à pesquisa anterior, que indicou 62,4%. A segunda maior dificuldade do empresariado é a competição acirrada do mercado, apontada por 43,2%, ganhando intensidade em relação à pesquisa anterior (39,8%).
A falta de demanda é outra fonte de preocupação, com 32,6% das citações, tendo aparecido na quinta colocação no último trimestre de 2012. O alto custo da matéria-prima ganhou posição, passando do quinto para o quarto lugar entre os maiores entraves, sendo citado por 27,3% dos entrevistados. A carência de mão de obra voltou à quinta posição no ranking, com 25,8% das citações, perdendo uma colocação em relação à última pesquisa.
Para as grandes indústrias, a taxa de câmbio (34,9%) e as taxas de juros elevadas (20,9%) foram outros entraves de destaque. Nas médias, as taxas de juros (21,4%), a inadimplência (19%) e a falta de capital de giro (19%) são as maiores fontes de preocupação. Estes são os mesmos problemas enfrentados pelos empresários de pequeno porte, que apontaram as taxas de juros (19,1%), a inadimplência (19,1%) e a falta de capital de giro (17%).
Expectativas - Os indicadores de expectativa mostraram queda no otimismo dos empresários para o segundo semestre. No entanto, há boas expectativas em relação à demanda, impulsionando a compra de matéria-prima. "Mas não há perspectiva de crescimento", pontua Anelise Fonseca, lembrando que os indicadores de emprego e de exportações indicam estabilidade.
O indicador de aumento de demanda alcançou 55,8 pontos, caindo em relação a julho de 2012, quando era de 57,1 pontos. O de exportações manteve-se na faixa de 50,1 pontos, indicando estabilidade, com alguma queda na comparação com julho do ano passado, quando o resultado foi de 54,9 pontos. Os empresários acreditam em aumento de compras nos próximos meses, com 54,1 pontos, mantendo praticamente a mesma expectativa de julho de 2012, com 54 pontos. O indicador de emprego apresentou relativa estabilidade, com 49,7 pontos, após dois meses consecutivos com índice positivo. Em julho de 2012, o indicador foi de 49,6 pontos.
Entre as principais causas para a insatisfação dos empresários com a lucratividade e com a situação financeira, no segundo trimestre, eles destacam o aumento da taxa de juros e a inflação. E como maiores problemas indicam a alta carga tributária e a concorrência acirrada. Para o segundo semestre, a expectativa é de manutenção da produção em patamares semelhantes ao apurado no mesmo período do ano passado. "Os empresários não veem um cenário para a retomada da indústria no segundo semestre", analisa a economista da Fiemg, Anelise Fonseca.
Enquanto em maio a produção industrial mineira foi de 51,2 pontos, em junho caiu para 43,6 pontos, o menor indicador registrado em todo o ano. Se comparado com o mesmo mês de 2012, que na época também foi de queda, com 47,3 pontos, esse resultado indica um decréscimo de 3,7 pontos. Essa retração foi percebida tanto nas empresas de pequeno porte, com queda mais intensa (43,1 pontos), quanto nas grandes (43,6 pontos) e nas médias (44 pontos).
Acompanhando a curva da produção, o emprego industrial também caiu no mês de junho. O indicador de 47,3 pontos foi o menor registrado desde dezembro de 2012, quando foi apurado o resultado de 45,7 pontos. Anelise Fonseca chama atenção para o fato de que este é o segundo mês consecutivo em que o indicador aparece abaixo da linha dos 50 pontos. A queda mais intensa foi percebida junto às médias empresas (46,3) seguidas pelas grandes (47,1) e pelas pequenas (48,4 pontos).
O nível de utilização da capacidade instalada efetiva também foi baixo, ficando em 40,3 pontos em junho - o que representou uma deterioração de 5,1 pontos na comparação com maio. As pequenas apresentaram um índice muito baixo (36,7), seguidas pelas médias e grandes, com indicadores de 42,3 e 41,3 pontos, respectivamente.
O nível dos estoques de produtos finais registrou ligeira queda, passando de 52,1 pontos em maio, para 51 pontos em junho. Mas cresceu em relação a março, quando foram registrados 46,5 pontos. Segundo a pesquisa, o nível de estoques de produtos finais encerrou o mês conforme o planejado pelas empresas, com um índice de 50 pontos.
Indicadores financeiros - Os empresários estão cada vez mais insatisfeitos com a margem de lucro de suas empresas. O indicador, que já era negativo no primeiro trimestre do ano, com 40,2 pontos, mostrou deterioração, registrando 39,6 pontos no segundo trimestre. As mais insatisfeitas são as pequenas empresas, com indicador de 35,9 pontos. As médias e grandes apontaram 40,5 e 41,3 pontos, respectivamente.
O acesso ao crédito é outra fonte de insatisfação dos empresários, alcançando 43,4 pontos no segundo trimestre do ano. Embora o resultado seja negativo, considerando que está abaixo dos 50 pontos, apresentou uma melhora na comparação com os três primeiros do ano, quando se apurou 41,9 pontos. O indicador de situação financeira também foi negativo, com 46,3 pontos no trimestre, praticamente o mesmo patamar do registrado no mesmo período do ano passado, com 46,1 pontos.
Entre os principais problemas enfrentados pelos empresários, a Sondagem Industrial destaca a elevada carga tributária, apontada por 64,4% dos entrevistado, com ligeiro acréscimo em relação à pesquisa anterior, que indicou 62,4%. A segunda maior dificuldade do empresariado é a competição acirrada do mercado, apontada por 43,2%, ganhando intensidade em relação à pesquisa anterior (39,8%).
A falta de demanda é outra fonte de preocupação, com 32,6% das citações, tendo aparecido na quinta colocação no último trimestre de 2012. O alto custo da matéria-prima ganhou posição, passando do quinto para o quarto lugar entre os maiores entraves, sendo citado por 27,3% dos entrevistados. A carência de mão de obra voltou à quinta posição no ranking, com 25,8% das citações, perdendo uma colocação em relação à última pesquisa.
Para as grandes indústrias, a taxa de câmbio (34,9%) e as taxas de juros elevadas (20,9%) foram outros entraves de destaque. Nas médias, as taxas de juros (21,4%), a inadimplência (19%) e a falta de capital de giro (19%) são as maiores fontes de preocupação. Estes são os mesmos problemas enfrentados pelos empresários de pequeno porte, que apontaram as taxas de juros (19,1%), a inadimplência (19,1%) e a falta de capital de giro (17%).
Expectativas - Os indicadores de expectativa mostraram queda no otimismo dos empresários para o segundo semestre. No entanto, há boas expectativas em relação à demanda, impulsionando a compra de matéria-prima. "Mas não há perspectiva de crescimento", pontua Anelise Fonseca, lembrando que os indicadores de emprego e de exportações indicam estabilidade.
O indicador de aumento de demanda alcançou 55,8 pontos, caindo em relação a julho de 2012, quando era de 57,1 pontos. O de exportações manteve-se na faixa de 50,1 pontos, indicando estabilidade, com alguma queda na comparação com julho do ano passado, quando o resultado foi de 54,9 pontos. Os empresários acreditam em aumento de compras nos próximos meses, com 54,1 pontos, mantendo praticamente a mesma expectativa de julho de 2012, com 54 pontos. O indicador de emprego apresentou relativa estabilidade, com 49,7 pontos, após dois meses consecutivos com índice positivo. Em julho de 2012, o indicador foi de 49,6 pontos.
ANDREA
ROCHA
Fonte: Diário do Comércio – Pouso Alegre - MG
Nenhum comentário:
Postar um comentário