segunda-feira, 29 de julho de 2013

ALERTA AMARELO

 Como venho dizendo, as coisas estão ficando complicada.  Vamos torcer para que não cheguem até nossas industrias e que não traga desemprego. Este artigo é recente, e mostra uma realidade; A roda está rodando para trás. Se o Governo Federal não tomar medidas que possam alavancar a atividade industrial a situação poderá fugir do controle. O alerta amarelo já acendeu. 

Publicada em 27-07-2013      

Indústria mineira teve retração em junho, diz Fiemg

Produção e uso da capacidade instalada caíram.

A atividade industrial em Minas Gerais registrou queda em junho, indicando desaceleração no segundo trimestre do ano, com recuo tanto na produção quanto no emprego. A Sondagem Industrial, realizada pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) e Confederação Nacional da Indústria (CNI), indicou queda também no nível de utilização da capacidade instalada.

Entre as principais causas para a insatisfação dos empresários com a lucratividade e com a situação financeira, no segundo trimestre, eles destacam o aumento da taxa de juros e a inflação. E como maiores problemas indicam a alta carga tributária e a concorrência acirrada. Para o segundo semestre, a expectativa é de manutenção da produção em patamares semelhantes ao apurado no mesmo período do ano passado. "Os empresários não veem um cenário para a retomada da indústria no segundo semestre", analisa a economista da Fiemg, Anelise Fonseca.

Enquanto em maio a produção industrial mineira foi de 51,2 pontos, em junho caiu para 43,6 pontos, o menor indicador registrado em todo o ano. Se comparado com o mesmo mês de 2012, que na época também foi de queda, com 47,3 pontos, esse resultado indica um decréscimo de 3,7 pontos. Essa retração foi percebida tanto nas empresas de pequeno porte, com queda mais intensa (43,1 pontos), quanto nas grandes (43,6 pontos) e nas médias (44 pontos).

Acompanhando a curva da produção, o emprego industrial também caiu no mês de junho. O indicador de 47,3 pontos foi o menor registrado desde dezembro de 2012, quando foi apurado o resultado de 45,7 pontos. Anelise Fonseca chama atenção para o fato de que este é o segundo mês consecutivo em que o indicador aparece abaixo da linha dos 50 pontos. A queda mais intensa foi percebida junto às médias empresas (46,3) seguidas pelas grandes (47,1) e pelas pequenas (48,4 pontos).

O nível de utilização da capacidade instalada efetiva também foi baixo, ficando em 40,3 pontos em junho - o que representou uma deterioração de 5,1 pontos na comparação com maio. As pequenas apresentaram um índice muito baixo (36,7), seguidas pelas médias e grandes, com indicadores de 42,3 e 41,3 pontos, respectivamente.

O nível dos estoques de produtos finais registrou ligeira queda, passando de 52,1 pontos em maio, para 51 pontos em junho. Mas cresceu em relação a março, quando foram registrados 46,5 pontos. Segundo a pesquisa, o nível de estoques de produtos finais encerrou o mês conforme o planejado pelas empresas, com um índice de 50 pontos.


Indicadores financeiros - Os empresários estão cada vez mais insatisfeitos com a margem de lucro de suas empresas. O indicador, que já era negativo no primeiro trimestre do ano, com 40,2 pontos, mostrou deterioração, registrando 39,6 pontos no segundo trimestre. As mais insatisfeitas são as pequenas empresas, com indicador de 35,9 pontos. As médias e grandes apontaram 40,5 e 41,3 pontos, respectivamente.

O acesso ao crédito é outra fonte de insatisfação dos empresários, alcançando 43,4 pontos no segundo trimestre do ano. Embora o resultado seja negativo, considerando que está abaixo dos 50 pontos, apresentou uma melhora na comparação com os três primeiros do ano, quando se apurou 41,9 pontos. O indicador de situação financeira também foi negativo, com 46,3 pontos no trimestre, praticamente o mesmo patamar do registrado no mesmo período do ano passado, com 46,1 pontos.

Entre os principais problemas enfrentados pelos empresários, a Sondagem Industrial destaca a elevada carga tributária, apontada por 64,4% dos entrevistado, com ligeiro acréscimo em relação à pesquisa anterior, que indicou 62,4%. A segunda maior dificuldade do empresariado é a competição acirrada do mercado, apontada por 43,2%, ganhando intensidade em relação à pesquisa anterior (39,8%).

A falta de demanda é outra fonte de preocupação, com 32,6% das citações, tendo aparecido na quinta colocação no último trimestre de 2012. O alto custo da matéria-prima ganhou posição, passando do quinto para o quarto lugar entre os maiores entraves, sendo citado por 27,3% dos entrevistados. A carência de mão de obra voltou à quinta posição no ranking, com 25,8% das citações, perdendo uma colocação em relação à última pesquisa.

Para as grandes indústrias, a taxa de câmbio (34,9%) e as taxas de juros elevadas (20,9%) foram outros entraves de destaque. Nas médias, as taxas de juros (21,4%), a inadimplência (19%) e a falta de capital de giro (19%) são as maiores fontes de preocupação. Estes são os mesmos problemas enfrentados pelos empresários de pequeno porte, que apontaram as taxas de juros (19,1%), a inadimplência (19,1%) e a falta de capital de giro (17%).


Expectativas - Os indicadores de expectativa mostraram queda no otimismo dos empresários para o segundo semestre. No entanto, há boas expectativas em relação à demanda, impulsionando a compra de matéria-prima. "Mas não há perspectiva de crescimento", pontua Anelise Fonseca, lembrando que os indicadores de emprego e de exportações indicam estabilidade.

O indicador de aumento de demanda alcançou 55,8 pontos, caindo em relação a julho de 2012, quando era de 57,1 pontos. O de exportações manteve-se na faixa de 50,1 pontos, indicando estabilidade, com alguma queda na comparação com julho do ano passado, quando o resultado foi de 54,9 pontos. Os empresários acreditam em aumento de compras nos próximos meses, com 54,1 pontos, mantendo praticamente a mesma expectativa de julho de 2012, com 54 pontos. O indicador de emprego apresentou relativa estabilidade, com 49,7 pontos, após dois meses consecutivos com índice positivo. Em julho de 2012, o indicador foi de 49,6 pontos.

ANDREA ROCHA
Fonte:  Diário do Comércio – Pouso Alegre - MG


sexta-feira, 26 de julho de 2013

QUEM SABE FAZ A HORA.

As notícias do mundo  sempre nos trazem intranqüilidade. Europa em crise, desemprego de 27 % na Espanha, China diminuindo investimentos, USA, quem diria, tendo cidades importantes, como Chicago, indo a falência pura e simplesmente. Portugal, Itália, Grécia, tudo caindo pelas tabelas. Até a Finlândia, tida como exemplo mundial em todos os sentidos, sejam políticos, econômicos ou sociais, quebrou.

Prá baixo da linha do Equador  também vai ficando difícil. Venezuela, rica em petróleo, com inflação acima de 30 % e o desemprego  acima disto. Peru e Bolivia nunca foram exemplos de crescimento e desenvolvimento e agora sofrem pela falta de investimentos externos. Salva-se, como sempre, o Chile, que tem uma economia equilibrada. Mas se os preços do cobre caírem e os negócios diminuírem a coisa tende a ficar difícil por lá também.

A vizinha Argentina segue seu calvário de montanha russa. Neste momento está nas partes mais baixas.  Sem credibilidade no mundo econômico não consegue atrair investimentos. A inflação, popular já passou dos 25 %, enquanto o governo insiste em 6 % ( Algo parecido com o Brasil ?  )  e o país passa a depender praticamente das vendas ao Brasil, já que suas relações com os demais vizinhos estão em péssimo estado. Chile, Uruguai e Paraguai preferem ver o diabo a ter que enfrentar a presidente argentina.

Feita a rápida viagem, chegamos à terra do gigante adormecido, ou estremecido. Por aqui a coisa vai de mal a pior. Divida externa, que os petistas costumam dizer que o Lula pagou, já atingindo níveis nunca visto em apenas um  ano. Neste ritmo Dilma vai bater todos os recordes.  Empregos , ainda temos, apesar dos baixos salários, mas com sérios riscos de entrarmos na faixa dos europeus. Dívida interna, que o Lula nunca pensou em pagar, já atinge 1,3 trilhões, ou aprox. 600 bilhões de dólares, o dobro de nossas reservas cambiais,  e para segurar o dólar vai crescer ainda mais.

Acabo de ler no Estadão que Dilma se reuniu com Lula para tomar decisões políticas. Difícil entender que um país possa ser dirigido a seis mãos. Dilma, Lula e Temer juntos e o país na situação que está, seja política ou econômica, causam arrepios até nos mais otimistas. Qual investidor vai querer arriscar ?

Pronto. Desembarquei no Reino Encantado de Extrema. Quando se tem nível de desemprego de 5% considera-se como pleno emprego,  pois estes 5 % são creditados à rotatividade normal.
Extrema ainda tem empregos, e renda, claro, e a nossa macro-micro economia consegue se manter ativa, porém, há que se colocar as barbas de molho. Devemos ter cerca de 10 a 12 mil pessoas ativas na cidade. A maioria trabalhando nas indústrias locais, bancos e comércio.

Sem ser pessimista, mas sendo realista, se a economia mundial e a do Brasil, inclusa, está passando por apertos, nada impede que de repente o consumo diminua, a produção caia  e com ela viriam  as demissões. Se nossas empresas resolverem cortar, digamos, 20 % de seus quadros, teríamos uns 2 mil desempregados na cidade. Nossa economia suportaria isto ? O primeiro impacto seria no mercado imobiliário, com aluguéis não pagos, prestações em atraso, imóveis colocado à venda, com preços caindo. Na seqüência, o comercio de supérfluos, veículos, roupas, etc. e depois, se a situação perdurar, alimentos e produtos de uso diário.

Felizmente a economia é muito dinâmica. Quando um segmento mostra-se fraco, outros se destacam, crescem e se desenvolvem. Extrema está apoiada em uma variada gama de segmentos industriais, o que nos dá alguma segurança. Lá no alto falei de Detroit, nos USA. Uma cidade que era totalmente dependente da indústria automobilística. Por isto quebrou quando a indústria de automóveis entrou em crise.

Por aqui temos indústrias de chocolates, biscoitos (alimentos), Fundições, Metalúrgicas, Eletro-Eletrônicos, Eletrodomésticos, Plásticos, produtos de higiene e limpeza, além das empresas prestadoras de serviços e empresas satélites daquelas maiores. Isto nos dá uma certa segurança visto que dificilmente teríamos uma queda de consumo em todos estes segmentos.

Por coincidência, ou por planejamento, criamos um “colchão” que poderá suportar nossa queda e estamos seguindo no mesmo caminho. É preciso manter um “estoque” de empregos, constantemente,  e isto se conseguirá com mais empresas chegando à nossa cidade. A cidade conquistou credibilidade e respeito político. A quantidade de grandes empresas é atrativo para outras mais. Temos um certo conforto econômico e de empregos e podemos nos dar ao luxo de escolher as novas empresas que buscam a cidade.

É chegada a hora de se buscar empresas de alta tecnologia, que tragam faturamento expressivo  e impostos sem ocupar muito espaço e sem exigir muitos empregados, mas que possam pagar melhores salários. Em contrapartida, precisamos dispor de mão de obra qualificada para estas empresas, ou terão que trazer de, ou ir buscar, em outras cidades.  E é neste caminho que entramos. A diversificação industrial é que trará para nossa cidade a segurança do emprego e da renda para as famílias. Precisamos estar prontos para isto.

Portanto, já passamos da hora de cada um investir na sua formação e qualificação, enquanto é tempo. Oportunidades sempre existirão, porém, cada vez mais com mais exigências. No passado, quem tinha o Ginásio e sabia datilografia, lembram disto ?, já se credenciava a um bom emprego. Hoje, é preciso nível Superior e informática para se começar um estágio, aprender uma profissão, se especializar e sonhar com cargos de chefia e salários idem.

A roda da economia está rodando. Quem andar ao lado estará na mesma velocidade. Se ficar parado na frente será esmagado e se não acompanhar ficará definitivamente para trás.

Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

CREDIBILIDADE NÃO SE ADQUIRE POR DECRETO, SE CONQUISTA.

CREDIBILIDADE NÃO SE ADQUIRE POR DECRETO, SE CONQUISTA.

A inflação  subiu menos  porque o povo está sem dinheiro, ou o povo está sem dinheiro por causa da alta da inflação ? Esta é a questão a ser analisada. Em julho a inflação indica para uma alta de apenas 0,07 %, contra 0,38 % em junho.  Bom ? Depende do ponto de vista.

Se considerarmos os últimos 12 meses veremos que a inflação acumulada  chegou aos 6,4 %, ou, praticamente no limite da meta estabelecida pelo Governo Federal, que é de 6,5 %. Os planos sempre foram de ficar no centro da meta, ou, 3,5 %.

Quem sofre mais com isto ? Claro, as pessoas das classes C, D e E, cujos  salários são reajustados apenas pelos índices oficiais mas que são corroídos pela inflação real, atualmente estimada em torno de 15 %. Em termos reais a renda vem crescendo , pois as classes A e B conseguem obter correções e ajustes às suas rendas, na pior das hipóteses, conforme a inflação. E a renda também cresce porque ainda existe demanda por mão de obra  e existem muitos empregos.

Mas isto é macroeconomia e nosso negócio é falar de política. O que pode estar causando maiores preocupações ao cidadão comum ? O crescimento da inflação ou a possibilidade de Dilma se reeleger, ou até mesmo de Lula voltar ? Olhando para os comentários aí de cima é possível entender que as classes C, D e E são as que elegeram Dilma e Lula, mas são elas também que estão sofrendo um achatamento na renda, diminuição na prestação de serviços do Estado ( Saúde, Educação, Segurança , Transporte). E isto pode colocar em risco os planos do PT.

Pronto, Falei de economia e de política. Percebe-se que os dois assuntos se interligam ? Não tem política sem economia nem economia sem política.

Ah, mas a Dilma, e o Banco Central já estão aumentando os juros para derrubar a inflação. Ok, ok. Mas nem sempre isto deu, ou dará certo. Juros mais altos significa que o dinheiro ( empréstimos, financiamentos, cheque especial, Cartão de Crédito, carnê ) fica mais caro e com isto diminui-se os investimentos dos empresários, enfraquece nosso famoso PIB, começa a diminuir os empregos, a renda vai cair, cai o consumo e a “roda” começa a rodar para trás.

Índices oficiais já apontam para queda na produção,  e no emprego. Os estoques das empresas também estão elevados, apontando para queda no consumo. Em seguida viram os cancelamentos de compras e novos pedidos. Olha aí a roda rodando para trás de novo.

O dólar aumentou  mais que 10% este ano ( lembrando que o Plano Real colocou  o dólar a R$ 0,98  e já está em R$ 2,24, ou seja, Lula e Dilma fizeram o dólar crescer mais que 125 % ) e isto faz com que os preços de insumos importados fiquem mais caro, e produtos acabados, importados, fiquem mais barato. E aí, tome produtos chineses. Este quadro causa uma competição terrível com danos ao empresário brasileiro. Para piorar, o Brasil tem a maior carga tributaria do mundo. Muitos produtos carregam em média em seu preço 80 % de impostos ( caso do cigarro e bebidas ) e apenas 20 % de matéria prima e mão de obra.

E é esta maldita  reforma tributaria, que nunca vem, pois para vir será necessário o Governo cortar muitos gastos, que tira de nosso país a possibilidade de ser um dos maiores exportadores. É esta tal carga tributaria que leva 1/3 da renda do trabalhador. Ou seja, de cada 3 meses trabalhado, um mês fica para o governo na forma de impostos.

Um carro fabricado no México tem uma carga de impostos de 20 %. Na Argentina, de 15 a 25 % e no Brasil chega-se até a 40 % ou mais. Ou seja, de cada 3 carros fabricados, mais que um vai para o governo na forma de impostos. E para onde vai todos estes impostos ? Para um grande ralo chamado administração inchada e corrupção.

Como se faz para emagrecer um gordo ? Regime. Corta-se a quantidade de alimentos que ele habitualmente come. Uma reforma tributaria que retirasse, pelo menos, 30 % dos impostos aumentaria de imediato a renda do trabalhador em 30 %, diminuiria os preços em 30 % e seríamos 30 % mais competitivo nas exportações. Para isto Dilma precisa diminuir o prato do gordo, ou  custo do país. Cortar na carne, começando pela Câmara Federal e Senado. Temos 570 deputados. Que tal diminuir para 300 ? Temos 51 senadores. Poderíamos, talvez, resolver o problema com uns 25. Temos 39 Ministérios, talvez  fosse possível trabalhar com uns 20. Nesta esteira teríamos uma redução gigantesca  na máquina administrativa reduzindo o orçamento e podendo abrir mão de impostos. Ah, mas isto geraria desemprego dos funcionários públicos, gritariam alguns. Em tese, sim. Mas tirando-se impostos as empresas poderiam vender mais, produzir mais e contratar este pessoal todo. A diferença é que milhares de funcionários que hoje não atuam na produção, passariam a ser produtivos e a gerar economia e renda. Hoje geram apenas custos.

Mais competitividade e mais renda geraria mais consumo, que geraria mais empregos, mais renda, mais emprego... Olha aí a roda voltando a rodar para a frente. Maias gente trabalhando e ganhando mais dinheiro geraria maior arrecadação para a Previdência Social ( INSS), que poderia pagar melhores aposentadorias e prestar melhor atendimento.

Na medida em  que  as classes C, E e E entenderem estes números e situações, e esperamos que já esteja ocorrendo, ficará muito difícil para Dilma recuperar credibilidade e mais difícil para Lula convencer o povo de que Dilma foi um blefe, uma mentira.