Começaram os mandatos políticos do período 2013/2016. E
muitos políticos poderão imaginar-se donos de um poder absoluto sob o prisma de
que cada um foi escolhido pelo povo e, por causa disto, julga-se capaz de impor a sua vontade aos outros. Talvez levado a este pensamento
ao constatar o volume de poder agora disponível e sob seu controle. Pode baixar normas, estabelecer regras, deter recursos humanos, materiais e
financeiros.. Isto tudo parece tornar o político alguém diferente dos demais, e
aí mora o perigo.
Deixar-se embriagar por estas novas condições pode fazer o
político errar na medida, na dimensão e na dosagem de suas ações. Dizia Lord Acton: O poder tende
a corromper e o poder absoluto corrompe absolutamente. E aqui não falo da
corrupção material, dinheiro propriamente dito. Mas, falo da corrupção do
caráter, da moral e do comportamento.
Muitos assumiram compromissos de campanha que agora serão
cobrados. Muitos dos que os apoiaram praticamente exigem oportunidades e,
geralmente, nunca estarão satisfeitos com o que lhes forem dados. Acomodar
novos parceiros poderá significar a perda de parceiros antigos. O novo político
quer agradar a todos, e isto é impossível. Mas ele não vê limites e vai
mudando, trocando pessoas, fazendo experiências.
Pode parecer ao novo político que seu poder é elástico , mas
elástico também se rompe, e quando rompido o elástico alguém, de algum lado,
vai receber a “pancada” que muitas vezes dói e deixa marcas. Ele passa a ter a
impressão que todo mundo está de joelhos à seus pés e que ele é o dono do pote de água
benta.
Ledo engano. Daí para cometer erros graves são dois palitos e irá se
arrepender no futuro.
Não demora e irá perceber que a acomodação se deu de má
vontade. A disputa por melhores cargos e melhores salários se acirrou. A
produtividade tende a diminuir e os problemas a se avolumarem. As “boas cabeças”,
aqueles que metiam a mão na massa e faziam acontecer já não estão mais a
disposição, os novos parceiros começam a demonstrar interesse apenas nos
salários e cargos, mas nunca terão um compromisso com administração. Até , talvez, pelo desconhecimento da mesma.
Acaba-se criando uma horizontalização de trabalhos,
competição entre pessoas e a casa começa a cair. Tudo que foi feito foi
desperdiçado e como todo erro político, a origem se deu não na intenção, mas na
insensibilidade.
Espera-se do novo político que use o poder com sabedoria,
que tenha em mente seu compromisso com o eleitor e que a busca pela eficiência
para produzir resultados deve andar de mãos dadas com o respeito ao ser humano e
que evite a tentação de agradar a todos.
E lembrar sempre que conquistar, e manter parceiros
políticos, demanda anos. Perdê-los pode
demorar apenas alguns minutos. Depende
apenas do político e de suas ações.
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